Divas!

Nosso querido Cassi nos conta tudo sobre as queridas Divas!  Adorei!!!… Quem vem?!

Vamos Divar?

“O meu brilho você quer, meu perfume você quer, mas você não leva jeito, pra ter sucesso, amor, tem que fazer direito. Eu já falei que eu sou top, que eu sou poderosa, veja o que eu vou te falar, eu sou a DIVA que você quer copiar!”

Vocês conhecem esse hit da versão brasileira da Kim Kardashian quando o assunto é derriére? Talvez não, mas tenho certeza que já ouviram diversas vezes a palavra DIVA, certo? Esse termo é muito usado entre os LGBTs só que nunca entendi o que representa “na real”, pois a única Diva que eu conheci na vida foi uma tia! hahahaha

Entonces, busquei no magic Google e descobri que DIVA quer dizer deusa, divindade, beldade, mulher formosa e, inicialmente, era usado na Itália para designar cantoras famosas. Sinônimos para Diva? Diana (Ross!) e Dione (Warwick! Só que com dois enes). Não é tudo?

As divas estão para os LGBTs assim como os presidentes de fã-clubes estão para seus ídolos. Uma conexão forte, intensa, visceral. Só que em uma escala potencializada, com explosões de glitter, milhões de contas Swarovski, brilho, plumas e muito, muito paetê!

Tais deusas glamorosas transformaram-se em inspiração para drag queens e transformistas que ganham a vida fazendo shows e performances, stand up comedy, desfiles de moda e tantos outros eventos, imitando essas “divindades terrenas”.

Os transformistas são quase uma versão “cuspida e escarrada” das divas reais em alguns casos e não são apenas travestis e transexuais que o fazem, pois existem homens gays que também “se montam” unicamente para essa interpretação.

As drag queens são uma versão mais cômica e debochada, com figurino exagerado e maquiagem pesada. São as minhas preferidas! E as melhores? Well, na minha listinha estão RuPaul, Silvety Montilla, Dimmy Kieer e as curitibanas pure glam, Deendjers! Não conhecem? Magic Google, please!

Mas quem são as musas inspiradoras desses artistas?

A lista é enorme, porém não podem faltar Cher, Liza Minelli, Barbra Streisand, Diana Ross, Marlene Dietrich, Carmem Miranda, Julie Andrews, Liz Taylor, Lauren Bacall, Marilyn Monroe, e as divas with a twist, ou seja, com um Q a mais hahahaha Clovis Bornay, Walter Mercado (ligue djá!), Michael Jackson (who’s bad!), Elton John, Boy George, James Brown e o Pablo do “Qual é a Música”! J-Lo, Beyoncé, Britney, Rihanna, Kate Perry, são algumas das pop divas da atualidade, assim como Mariah Carey, a mais diva de todas as pop divas do universo pop “divante”!

Eu admiro o talento desses camaleões que nos trazem alegria, magia e fantasia. São trabalhadores que batalham pelo reconhecimento profissional assim como acontece em outras classes, porém com um grau maior de dificuldade já que não é fácil viver da arte. Silvio Santos foi pioneiro em abrir as portas da televisão para essa classe em seu extinto programa “Show de Calouros”. A competição entre os transformistas era tudo! E aquilo, para mim, era a Broadway, o Moulin Rouge! Ficava hipnotizado com tais apresentações. Músicas, figurinos e dublagens inacreditáveis, quase surreais.

De tanto assistir o programa aos domingos, um dia vi a Hebe Camargo, a diva da tv brasileira, como jurada e enlouqueci. O seu exagero “en passant”, como costumava dizer, cheio de brilho e cores fortes, era demais. Passei a assistir seu programa com a minha avó quando dormia na casa dela. A empolgação era tanta que ela batia palmas no sofá e gritava seu nome quando ela entrava no palco: “Hebe! Hebe! Hebe! Hebe!” E eu ia na onda! hahahahaha (quanta saudade…) Elke Maravilha também é outra diva autêntica, assim como a Roberta Close. Nossa! Fiquei tão curioso para ver a mudança de sexo dela que roubei a Playboy de um vizinho colecionador. E a Rogéria? Adoro quando ela fala seu nome de batismo: ASTOLFO BARROSO PINTO!

Entretanto, as minhas divas power-top-mega-blaster-gold-diamond são 04. Frida Kahlo, Nina Simone, Maria Callas e Marilyn Monroe. E por que elas? Pela história de vida, pela arte e pela força que tiveram para suas conquistas. Só não li ainda a bio da Nina Simone. Da Kahlo e Callas li duas. Da Marilyn? 8!

Meu interesse pela MM começou aos 11 anos quando minha mãe comprou um pôster dela, do Elvis e do Chaplin para uma sala de tv. Fiquei tão obcecado pela imagem que não dormia mais em meu quarto. A “fissura” ficou adormecida até os 25, quando comecei a devorar suas biografias. Ler sobre sua vida, intimidade, amores, escândalos e inverdades, me intrigou a tal ponto de não acreditar que cometera suicídio. Até hoje tenho as minhas dúvidas. Mas, como não sou Sherlock Holmes…

Ela era, como gosto de dizer, “tudo na vida”. Doce, temperamental, inteligente, sexy, voraz, bela e adorável. Hoje, assistindo documentários e vídeos, revendo filmes, ouvindo e lendo entrevistas, tenho maturidade para admitir a influência que ela causou na minha vida. Pode parecer louco e até um pouco nonsense, sem sentido, isso que compartilho com vocês. Porém, pela sua história, entendi inúmeras dificuldades e superações que precisam acontecer para o fortalecimento do meu caráter, das minhas convicções e conquistas.

Sou obsessivo confesso pela Miss Monroe e até criei um diálogo divertido com ela em que posto, no instagram (@cachoslopes), fotos aleatórias que estão conectadas com o meu humor do dia. Comecei como uma brincadeira e agora não consigo parar mais hahahaha Escrevo em inglês como se ela estivesse conversando comigo, como se fossemos bff, coisas do tipo “Vamos tomar um drink juntos?” ou “Estou pronta para o fim de semana!” Adoraria te-la conhecido de verdade. Quem sabe em outra vida!

E vocês? Quem são suas divas? Quem são as suas inspirações?

Beijocas e abraço de urso!