A importância da revolução Burberry…

E a revolução Burberry continua!!  A marca tem sido o benchmark nas mídias sociais.  Seu Instagram já tem 7,6 milhões de seguidores.  Foram os primeiros a usar o Snapchat direito, criando interesse expondo o backstage.  Sabem usar it people inserindo-os no “estilo de vida Burberry”.  E agora estão revolucionando o mercado introduzindo o see-now, buy-now (conceito de comprar Looks da passarela imediatamente após o desfile) tanto nas lojas quanto no digital.

Com o crescer da imprensa digital (e nesta incluo bloggers) e democratização da informação de moda, a função dos desfiles muda.  Antes era um evento exclusivo onde a imprensa definia seus editoriais e os compradores faziam sua compra.  A partir do momento que imagens dos desfiles foram divulgadas poucos segundos após aparecerem na passarela, o fashion show virou um propagador de desejo.  Sentimento efêmero que tem que ser alimentado rapidamente.  Ao invés, na fórmula anterior com a espera de 3 a 6 meses para a entrega,  esse acabava se perdendo.  Na mudança de calendário que a Burberry inaugura, finalmente o consumidor pode comprar imediatamente.  Vejam só AQUI o site da Burberry com todas as peças do desfile já em venda!  Fiquei PASMA!!  Todas as peças individualmente fotografadas ao lado do look do desfile!!  E isto são produtos de prêt-à-porter de luxo!

Não sei se consigo exprimir o quanto isto é incrível e revolucionário!!  Significa mudar completamente o calendário não só de desfiles mas de produção também!!  E as mudanças não acabam aí.  Christopher Bailey, CEO e Chief Creative Officer da marca, elimina a sazonalidade e o gênero da coleção que se chama simplesmente Setembro 2016, dando ao mercado o que este nem sabia querer!  Pois com os termômetros gangorra e os ambientes super aquecidos ou congelantes, a solução são camadas!  As peças, maravilhosas por sinal, podem ser usadas o ano inteiro tanto por homens quanto mulheres.  Suspeito porém, que isto tenha a ver com as exigências da produção também!

Tem um artigo fantástico no Business of Fashion AQUI, que explica toda a logística da produção que foi reinventada.

Com tudo isto, o desfile tinha que ser espetacular… e foi!!!  Trazendo peças chave como o pijama, trench e casacos militares inspirados no livro de Virginia Woolf, Orlando (sobre cada assento estava uma cópia do livro).  Nele o personagem principal passa de século em século aleatoriamente entre os sexos. E assim também foi a passarela da Burberry.  As peças podem ser usadas tanto por homens quanto mulheres definidas apenas pelo styling,  no melhor uso do genderless!  Camadas de ricas texturas, golas-sanfona elizabetanas e volumes, carregados com grande desenvoltura, podem ser despidas para o verão.

Me impressionei com o quanto fiquei seduzida pelos looks masculinos!  Nunca me aconteceu antes!

Detalhes dos acessórios:

O que muda para o consumidor?  As peças chegam a ele mais próximas ao momento do desejo.  O custo não deve mudar.   Se encontrarão peças para o inverno e para o verão nas lojas Burberry o ano todo.  Não mais aquela coisa de experimentar casacos de inverno quando fora faz 40 graus e biquinis quando está nevando.  Ajudará também o hemisfério sul que esperava 6 meses para colocar a mercadoria nas lojas.

Consumidora na primeira fila, Olivia Palermo já com uma peça da nova coleção…

A atmosfera do desfile:

Dificilmente declaro algo sine qua non, mas tenho certeza que a indústria seguirá este modelo!!

Todas as imagens da Vogue.com

A minha explicação no Snap

Se não abrir, clique AQUI.

O que vocês acharam?

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