Cuidado na viagem para a Itália, fugindo das armadilhas!

A queridíssima Flora do blog Flocibo nos traz um artigo inédito ao Consueloblog onde explica os cuidados gastronômicos na viagem à Itália… ou seja, como fugir das armadilhas de turistas!!!

Fugindo das armadilhas

Cada um sabe a dor e a delícia de visitar cidades turísticas. Por um lado, o encantamento de conhecer lugares históricos ou paradisíacos, de realizar um sonho ou, simplesmente, de tirar fotos lindíssimas. Por outro lado, porém, quando se é turista, é difícil entender como funcionam as coisas em um país estranho; mais ainda, é muito comum cair em verdadeiras armadilhas “engana-gringo”.

Em se tratando de comida (principalmente restaurantes), cair em roubadas é ainda mais fácil.

Por essas e outras, e como já senti na pele a sensação de ter sido passada para trás porque sou estrangeira, ficam aqui 4 dicas de como comer bem na Itália, sem cair em armadilhas.

• Menu turístico, jamais

Aqui na Itália, se você for aos locais mais turísticos de uma cidade (tipo a praça principal, a catedral, etc.), muito provavelmente encontrará restaurantes aparentemente simpáticos – e certamente muito bem localizados – com menus do lado de fora da porta, comodamente, traduzidos em muitas línguas (na maioria das vezes até com fotos, para facilitar!). Sabe o que eu recomendo que você faça? Fuja.

Não quero generalizar e, claro, muito provavelmente até existem bons restaurantes desse gênero, mas, garanto, a chance de você comer mal e pagar caro é altíssima.

• Faça como os locais

Ainda na linha do que disse aqui em cima, uma dica quase infalível (que me ensinou meu pai, e que serviu para eu sempre comer extraordinariamente bem nos restaurante japoneses em São Paulo) é: se você vir que naquele restaurante só tem turistas e poucos locais, escape.

Obviamente, quem vive na cidade e conhece seus segredos, sabe onde comer bem. Por isso, as chances de você sair satisfeito de um lugar cheio de habitantes “nativos” é muito maior.

• Macarrão à bolonhesa, só em Bolonha

Ainda que você tenha encontrado um lugar que não pareça muito turístico, conhecendo bem como funciona a cozinha italiana (riquíssima e MUITO diversa de região para região), recomendo agir da seguinte forma: se você estiver em Veneza, por exemplo, não peça macarrão à bolonhesa (da mesma forma, em Napoli, não peça risoto à milanesa)…

Em poucas palavras, o que recomendo é: antes de chegar em um novo lugar, estude quais são os pratos locais e invista neles. É claro que mesmo em São Paulo, por exemplo, é possível achar um bom bobó de camarão (e da mesma forma dá para comer um bom ragù alla bolognese fora de Bolonha), mas suas chances de sucesso aumentam se você experimentar os pratos típicos daquele lugar. Garanto.

• Não só de restaurantes vive a gastronomia local

Uma dica de ouro para quem estiver passando alguns dias em uma cidade e quiser comer bem e barato é ir ao mercado (seja o mercado municipal ou, muito comum na Itália, barraquinhas de frutas e verduras – o equivalente a quitandas – que ficam nas ruas).

Ali, você pode não só ter uma ideia de quais são os ingredientes do cardápio daquele lugar, mas também encontrá-los fresquíssimos (e baratos). O mesmo vale para queijos e frios: evite comprá-los em supermercados, vá, sem medo, a mercearias e lojas típicas (chamadas “salumeria”). Assim, quem sabe um dia que estiver cansado, depois de passear o dia todo, você não resolve ficar quietinho e matar a fome, por exemplo, com verduras frescas, tomatinhos docinhos, mozzarella di bufala de verdade e um belo prosciutto crudo…? Nada mal, não?

Uma ressalva final: obviamente, essa listinha é ilustrativa e, claro, para cada uma das “regrinhas” acima, existem inúmeras exceções. Mas, apesar delas, achei que compartilhar as minhas experiências (de sucesso e fracasso) pudesse eventualmente ajudar 🙂

Buon appetito!