Greatest show on earth! Pinturas de Leonardo no National Gallery de Londres

The National Gallery in London, amazingly, has brought together an astounding 9 of the 16 surviving paintings of Leonardo da Vinci (1452-1519).  Although he is the author of “the most famous painting in the world”, the Mona Lisa, he is best known as an inventor and scientist.  That is why, this is the first time ever, and probably the last (these are very rare and fragile paintings to transport), that there will be an exhibition of  his paintings.

It is brilliantly displayed with preparatory sketches which lead to the painting.  In this manner, the show unveils Leonardo’s fascination with the geometric construction of an image and the search for its divine perfection.

He broke many grounds for his time, like painting his subjects in a three quarter pose instead of in profile, the shading and transparencies that he was able to master with new paint techniques.

The exhibition in itself is a blockbuster!   Ticketmaster crashed during the first hours that entrances were available and there are now no more advanced tickets for sale.  Cues start at 6:30 in the morning for the 500 available entrances a day.  The show is on until February 5, 2012.

THIS and THIS BBC videos are fun and instructive, and so is THIS article which explains the extraordinary task of putting something like this in place.

——————————————————

A National Gallery de Londres, incrivelmente, reuniu 9 das 16 pinturas de Leonardo da Vinci (1452-1519) ainda em existência.  Mesmo sendo autor do “quadro mais famoso do mundo”, a Mona Lisa (veja post anterior), Leonardo é mais conhecido como um inventor e cientista.  Razão pela qual esta é a primeira, e provavelmente última vez (seus quadros são muito raros e frágeis para transportar) que tantas obras serão expostas juntas.

Tem mais algumas “primeiras vezes” nesta exposição.  É a primeira vez que as duas Virgem dos Rochedos, a versão do National Gallery e a versão do Louvre, são expostas juntas, na mesma sala!  Também é a primeira vez que o enigmático quadro de Jesus Cristo, Salvator Mundi, atribuído faz pouquíssimo tempo a da Vinci, é visto pelo público.

A exposição em si tem status de bestseller ou blockbuster!  Nas primeiras horas que os bilhetes estavam disponíveis na Ticketmaster, o sistema faliu pelo volume de pedidos!!  Não existem mais bilhetes on line.  Para viver esta “once in a lifetime experience”, precisa -se chegar ao museu às 6:30 da manhã para conseguir um dos 500 bilhetes disponíveis diariamente… Até dia 5 de fevereiro…

 

Leonardo parte de Florença e vai trabalhar em Milão para Ludovico Maria Sforza, o Duque de Milão, de 1482 a 1499.  Todos estes quadros são do período que ele trabalhou para Il Moro, apelido de Sforza por causa de seus cabelos pretos.

Neste, um dos primeiros quadros (inacabado, se vê pelo casaco) de Leonardo, observa-se como ele quebra os paradigmas de pintura da época, como posar de três quartos ao invés que de perfil, como era de costume.  ESTE vídeo da BBC explica maravilhosamente a técnica e intensão do quadro.  Interessante notar que da Vinci acredita que nas artes, a pintura fica para sempre, enquanto a música desaparece.

Da Vinci acredita que retratos como este comemoram ao mesmo tempo que inspiram amor.  Leonardo consegue criar um quadro realístico mas com uma beleza eterna.

ESTE vídeo da BBC com o professor de Oxford, Martin Kemp, explica como as pinturas de Leonardo tem uma presença uma vida…elas são psicologicamente e visualmente ambíguas deixando o observador intrigado, desta forma transportando-o a si.

Logo ao lado outro deslumbramento…

 

Achei interessante como a versão do Louvre estava coberta com vidro e a da National Gallery não.  Obviamente exigências do museu que emprestou a obra ou do seguro.

Nas paredes aspas de Leonardo:

“A divindade que é a ciência da pintura, transforma a mente do pintor no que parece ser a mente do divino.”

ESTA entrevista da BBC explica super bem as complexidades de montar uma exposição como esta.

São vários os desenhos, muitos do acervo particular da rainha Elisabeth, que demonstram os estudos de Leonardo para chegar ao que ele acreditava ser a perfeição geométrica e estética da obra.

O desenho da abertura da exposição, a primeira foto deste post, é o deslumbrante estudo da cabeça para a obra abaixo, A Madonna Litta.  Leonardo estudava meticulosamente a cabeça, mãos, composição e expressões nos seus quadros.  Foi um dos primeiros a usar tinta a óleo para poder criar nuances e transparências.

As duas grandes obras que estão faltando nesta exposição são a Mona Lisa, que nunca teria sido emprestada já que todos os dias milhares de turistas passam pelo Louvre quase só para vê-la, e A Última Ceia que é um afresco e não pode ser transportado.

Porém os organizadores conseguiram sorpassar este último obstáculo.  Existe uma bela reprodução em tamanho original da Última Ceia feita por um pupilo de Leonardo e este está na última sala da exposição.

Considero um presente enorme ter visto esta exposição.  Saí três horas depois emocionada.  Os quadros são hipnoticamente deslumbrantes e os desenhos de uma elegância impar!  Acredito que ninguém pode ter saído de lá indiferente, arrisco mais, acho que todos saem admirados.

Obrigada Leonardo!