Ponza!

Demorou um pouco para que eu entendesse Ponza.  Uma linda ilhota entre Roma e Nápoles que Roberto e eu escolhemos para tomar os últimos banhos de mar deste verão.  Lógico que sendo esta a intenção, e a lei de Murphy não arredando o pé, chegamos sob um pé d’água que não ocorria há 6 meses!  Pacote completo com mar em ressaca balançando a balsa que foi uma náusea só do início ao fim!  2 horas!

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Mas chegamos, e as casinhas coloridas subindo as colinas que cercam o porto nos saudaram bonitinhas.  E nós esperançosos pelos raios de sol.

Dia seguinte não choveu mas ventou!  Tanto que praia não coube no programa.  Aproveitamos para colocar um pouco de trabalho em dia e depois passeamos pela ilha.  Mas sabe, até que tivemos uma boa idéia, pegamos o ônibus e fomos até o ponto final e de volta, bem durante o pôr do sol!  Foi magnífico!  Valeu!

E como coroação descobrimos um restaurante incrível para jantar.  É o Acqua Pazza (Piazza C. Pisacane, 10, Tel: +39 771 8064).  Tinha gostado da decoração e do lindíssimo logo que é tanto retrô quanto moderno.  Ao sentar, já o guardanapo de linho me seduziu.  A luz baixa e o menu adicionaram ao prazer.  O sommelier entendeu o nosso gosto por vinho branco de pequeníssimos produtores e se possível local.  Nos sugeriu algo que ao paladar trouxe o perfume da vegetação local e dos minérios do solo!  Bingo!!

O stories do dia com o jantar na Aqua Pazza!

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Dia seguinte abriu o sol!!  Mas ainda estava muito ventoso para sair de barquinho que logo entendemos era o melhor jeito de aproveitar a ilha.  O jeito foi pegar um taxi aquático que por 5 euros ida e volta nos levou ao Frontone, praia próxima, protegida do vento e talvez a única da ilha com serviço de cadeira, guarda-sol e restaurante.  Bonita a praia e linda a água, mas optamos, depois de um mini hiking, por um cantinho longe de onde estavam todos.  Ficamos sobre as pedras, com a água aos nossos pés tomando sol e relaxando.  Espertos trouxemos toalha, água e pizza.  Menos expertos, não pensamos que aquelas sapatilhas para andar em pedras na água teria sido cômodo.  Mas nenhuma reclamação.  Foi um dia encantador e achei que tinha entendido a ilha e estava feliz!

De noite fomos a outro bonito e gostoso restaurante, o Eea (Corso Umberto I, Tel: +39338 445 6849).  Para chegar é meio que uma subida, mas a vista vale a pena.  Comemos e bebemos bem e o serviço foi ótimo!

Meu corner na OQVestir AQUI!!  Tem tantas peças lindíssimas que escolhi no Minas Trend.  Coisas que existem no meu armário!

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De manhã antes de sair, photo-op! (Oportunidade de tirar uma linda foto.) Vestido Caftanii e brinco Caleidoscopio.  Essa peça está no meu corner da O Que Vestir!

Foi só no dia seguinte, com um lindo sol e menos vento, que conhecemos Cocó (Via Banchina di Fazio, Tel: +39338 894 1314) e sua linda esposa Ninette.  Ele aluga pequenas lanchas e ela vende verdura, fruta, vinho e… mozzarella!   Munidos de transporte e comida (sem esquecer o vinho) partimos.  A ilha è pequena e chegamos a uma ponta em meia hora.  Que beleza! A água do Mar Tirreno cor safira se encontra com muros de rochas em estratos coloridos que revelam os séculos de história geológica!  Lindo, lindo, lindo!  Mas de lá da ponta o vento proibia, então voltamos e encontramos uma enseada generosa que nos acolheu enquanto comemos a mozzarella, bebemos o vinho gelado graças a um cooler com gelo (esse Cocó!), demos uma nadada deliciosa e ainda cochilamos com o famoso balançar das águas.

O Aqua Pazza, como se diz por aqui, tem uma marcha a mais!  Tanto que fechamos a viagem dando um bis lá.   Nesta noite, com menos vento, pudemos sentar numa mesa no terraço.  Até o proprietário, Gianni Pesce (pode um nome mais perfeito para um dono de restaurante de peixe?) veio nos cumprimentar, acho que de tão sorridentes que estávamos.

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Dia seguinte, nosso último, repeteco!  Cocó, Ninnete, vinho, mozzarella, sol e mar!  Encontramos outra enseada, sempre maravilhosa, que revelou pequenas cavernas que ao entrar o reflexo do sol criava um efeito de grota azul.  Pronto, é minha, a minha Grotta Azzurra.

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Nosso hotel foi o Chiaia di Luna.  Daqueles com charme antigo, um pouco como toda a ilha.  E foi reparando nisso que finalmente entendi essa ilha tão especial.  Ela não é uma primeira dama e não pretende ser “da hora”.  Portanto não é nem uma Saint Tropez e nem uma Ibiza.  É pequena, é quietinha, é fofa e é até meio desarrumadinha… mas é genuína, seu mar é entre os mais lindos que já vi, e é fácil.  alugar um barquinho para descobrir as suas grotas e cantinhos.  Custa 40 Euros mais a gasolina e querendo, o Cocó ainda te dá um chuveirinho com bombinha a mão de água quente do sol.  Deu pra entender?!

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Ilustração: Joana Resek

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