Este de cima foi o look do primeiro dia, mas a foto está tão linda que não resisti, obrigada Ana Clara.
O segundo dia começou com o lançamento da nova coleção da Arezzo. Como parceiros, já me mandaram várias peças que escolhi. Pouco a pouco vocês irão ver todas e vamos compartilhar novos e variados jeitos de usá-las. Voltem hoje mesmo para conferir!
De lá fui à casa Glamurama que está fazendo uma série de palestras em paralelo com o SPFW. Na terça foi minha vez para falar o que é ser uma mulher moderna… Confiram AQUI a responsa!!
Daí foi correr à Bienal na SPFW para assistir ao show de Ronaldo Fraga e Ellus!
Na busca do bonding com seu filho, Ronaldo descobre a história do futebol brasileiro. É fascinante a poesia com a qual a interpreta!! Eu achei o desfile lindo e elegante especialmente em seus momentos anos 40 (nos casaquetos e terninhos). No programa a sua explicação é tão linda que não podia deixar de reproduzir. Cá está:
“Nasce na China, cresce na Europa Medieval, ganha regras e formas na Inglaterra Vitoriana e chega ao Brasil em 1894. Deslumbrada com todas as novidades que vinham de fora, a elite brasileira imediatamente toma gosto pelo futebol. Tona-se extremamente chique bater uma bolinha, claro, vestidos de seda pura e do melhor linho acetinado.
Mas o Brasil estava em franca ebulição, na busca por tudo que viesse a desenhar traços de identidade de um país sem rosto. Negros, mestiços e mulatos, embora fossem a maioria, eram proibidos de frequentar estádios e de fazer parte de clubes e times. Entretanto, foi neste cenário que o futebol começou a se moldar como forte vetor de consolidação e aglutinação de identidade da cultura brasileira. O pulso firme do preconceito racial da elite branca e os muros dos estádios não foram fortes o bastante para impedir que o futebol ganhasse as ruas, as periferias e as várzeas país a fora. Jogados em campos de terra com bolas de meia e jogadores descalços, o esporte ganha contornos exclusivamente brasileiros e se torna a primeira vitória de apropriação apaixonada de um Brasil mestiço.
A partir da década de 30, iniciou-se o processo de profissionalização do futebol. Pouco a pouco, negros passaram a ser aceitos nos clubes. Mas, ainda assim era permitido a policiais, juízes e jogadores surrarem em pleno campo os negros que cometessem faltas.
Nasce daí, como estratégia de sobrevivência, a forma peculiar de driblar o adversário com uma ginga inspirada nas rodas de capoeira. Pronto! O futebol passou a ser brasileiro.
Me embriago aqui pelo futebol passional e romântico de 1930, 40 e 50. Pelo futebol de várzea e seus uniformes feitos à mão. Pelas cores fortes e listras gráficas. Por histórías particulares que ilustram um tempo em que o futebol no Brasil era sinônimo de paixão, arte e magia.”
Depois, Ronaldo ainda teve fôlego para assinar seu deslumbrante, recém lançado, livro: Caderno de Roupas, Memórias e Croquis.
Voltem mais tarde para mais novidades de looks!!