Rem Koolhaas presents in Florence his concept of Cronocaos. A paradox where time and space have reached its limit in renovation. Before 1880, restoration of building did not exist. Surprisingly today, before a project is finished, thoughts on how to restore it are taken into consideration. He also argues for maintaining, in certain cases, the structure as it is and just inserting the new, as if they were scars of time…
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Na sexta feira, fui assistir uma conferência com o arquiteto Rem Koolhaas sobre preservação de prédios antigos. Na Europa é raro que se possa construir novos espaços, destruir ou modificar velhos. Não pode-se nem abrir uma janela nova ou mudar a cor da casa. Tudo para preservar o patrimônio.
Koolhaas é conhecido principalmente por sua colaboração com Prada e pela construção do prédio da CCTV em Beijing, uma obra que dizem desafiar a gravidade. Suas obras são sempre intelectuais além de deslumbrantes, na minha opinião. Elas refletem com eficácia este holandês magro, alto e com uma arrogante timidez.
Na sua palestra ele apresenta vários paradoxos:
– Cronocaos, a metáfora da preservação: até o fim de 1800 não se restauravam prédios. Desde que esse processo começou, o relacionamento entre o espaço e o tempo em que algo é restaurado, chegou ao limite em 2007 (cálculo do estudo feito pelo seu escritório, OMA). Hoje, ele diz, mesmo antes de terminar uma obra, já se pensa em como restaurá-la.
– o equilíbrio entre autêntico e restaurado: quando deve-se deixar algo, mesmo se em ruinas, e só inserir o novo, sem restaurar. Gosto desse conceito. Acho que pode ser muito mais interessante às vezes que um restauro aonde tudo parece novo. Como rugas e cicatrizes são troféus do tempo, um prédio tem a sua história. Porque apagá-la?
– arquitetura é limitada à função. Arte não.
Bacana!!!!
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