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Paris: Dior por Raf Simons Inverno 2013

O set surreal do desfile do Inverno 2013 da Dior ontem.

O set surreal do desfile do Inverno 2013 da Dior ontem.

Sempre soubemos que Raf Simons, diretor criativo da Dior desde a metade do ano passado, é um intelectual e amante das artes.  O que não sabíamos é que Dior também o era ao ponto de ter sido um galerista, representando Giacometti e Dalí, antes de ser estilista.

O programa deste desfile, altamente sugestivo, define bem o propósito de Simons: “A persistência da memória: os pensamentos, sentimentos e experiências que fluem e inspiram o processo criativo com a passagem do tempo… como ela molda o design da maison tanto para Simons como para Dior.  Diz Raf: “Esta coleção é mais ligada às paixões que partilhamos.””

O efeito na passarela foi maravilhoso! (Imagem StyleSight)

Como foi que isto se traduziu na passarela?  Na realidade, eu mais vi esta influência em estampas de olhos a la Dalí nos vestidos de chiffon, algumas modelagens anos 20 e desenhos dos anos 50 de sapatos feitos por Andy Warhol nos acessórios (a maison Dior colaborou com a Andy Warhol Foundation of the Visual Arts para usá-los).  Em uma breve pesquisa pela internet encontrei estes exemplos que identificam o traço.

Um livro com desenhos dos anos 50 por Andy Warhol.

Com toda esta bagagem como inspiração, foi muito interessante (e uma grande sorte) para mim, grande fã de Raf Simons, poder ver o desfile pelo backstage.

O clima no backstage com a fila de entrada das modelos.

A emoção e tensão eram enormes!!  Raf, com ao seu lado Camille Miceli, designer de jóias antes na Louis Vuitton e agora colaborando com a Dior, controlava uma a uma as modelos antes de entrar na passarela.  E isto é normal.  Mas a tensão no seu rosto era clara.

As jóias do desfile que acredito sejam de Camille Miceli

O novo sapato

A bolsa com o desenho de Warhol

O coque com efeito molhado

Achei estas botas lindas!

No final do desfile, todos começaram a chorar!  De alívio e pela emoção da frase intelectual por trás de toda a intenção do desfile.

Camille Miceli chorando após o show.

Anna Wintour é a primeira dentro do backstage. O parabeniza e desaparece em dois segundos com seus guarda-costas.

E começa a longa fila de agradecimentos…

Porém, tenho que dizer mais uma coisa.  Apesar do espetáculo ter sido deslumbrante, eu vi as roupas de perto e fora do contexto sureal da passarela.  Fiquei triste.  Decepcionada.  Com a exceção desta peças abaixo, LINDAS, achei a roupa exquisita, sem graça, intelectual demais, feia.  Quase como se Simons estivesse gozando de mim e dizendo: ” Você não pode entender isto…”.

 Imagens do site StyleSight

Qual é a tua opinião?…

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