Quando eu vou dormir de noite, para desligar o cérebro, eu começo a imaginar o que seria um meu vestido dos sonhos… rssss… E ele sempre é Valentino. Essa Valentino que existe hoje, criada por Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli.
Os dois amigos começaram na Fendi muito anos atrás e foram chamados à Valentino em 1999 pelo Sr. Garavani (a.k.a Signor Valentino) em pessoa para serem responsáveis pelos acessórios. Desde então Valentino se aposentou e a marca foi vendida. Hoje pertence a um grupo do Quatar. Chiuri e Piccioli são diretores criativos da maison desde 2008. Não sei quem foi o gênio que pensou em trazê-los ao timão desta nave, mas quem quer que tenha sido, fez um bem danado ao mundo da moda.
Desde o início, os dois deram uma pegada ao brand que o trouxe de volta ao estilo Valentino mas de uma forma contemporânea, clean, romântica e jovem. Sapatos baixos com vestidos longos etéreos, mangas raglan, volumes elegantes, crepe, tule, beleza e os famosos vestidos capa e sapatos com tachas, copiados por estações do fast fashion ao prét-à-porter. As vendas aumentaram na maison e os acessórios nas lojas viraram um sucesso!
A cada estação Maria Grazie e Pierpaolo escolhem um tema diferente e maravilhoso para decorar suas conhecidas silhuetas mantendo-se assim fiéis à estética da marca. Desta forma, o novo estilo Valentino foi criado! Ao meu ver, neste momento onde estar na moda é démodé e o streetstyle e estilo pessoal é rei, criar um esitlo claro para uma marca é, além de correto, comercialmente brilhante!
Para o Inverno 2016/7, o tema foi o ballet, da Russia a Nova Iorque, mas com uma intervenção grunge genial! O romântico característico da marca foi quebrado e consequentemente feito muito mais interessante. Tutus, sapatilhas e tules vieram acompanhados por casacos de couro e cristais, jaquetas militares em um linho grossíssimo e botas tipo Dr. Martens (à la Valentino), cintos feitos de fitas de couro, e um suéter gola rulé oversize. Para mim, uma das coleções mais desejáveis da estação!
Nas notas do desfile mencionam a busca da “essência do contemporâneo na irrepetível fisicalidade de uma emoção: em experiências que têm que ser realmente vividas, em pessoa, e que nenhum instrumento digital pode inteiramente recriar.” Citam a determinação de John Cage e os contrastes punk de Karole Armitage e ainda a gestualidade abstrata de Martha Graham e o movimento no espaço e tempo de Merce Cunningham. No backstage, o “mood board” de Chiuri e Piccioli é sempre uma obra de arte.
E a coisa mais incrível é que o estilo ainda reconhecível da Valentino está presente, mas ao invés das capas que restringiam os movimentos, a liberdade! Tudo tem a ver com o tema e sentimento da coleção!
Aqui estão alguns dos looks que mais gostei do desfile!
No detalhe: Adorei o jeito despojado e moderno de carregarem as bolsas…
E de perto, no showroom maravilhoso na Place Vendôme, os looks emocionam!
O Snap da visita ao showroom
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E o vídeo do desfile completo.
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E o meu sonho do vestido para me adormecer que era todo de renda com decote barco, ajustado no corpo até embaixo do joelho (só a cor a cada noite tentava decidir entre safira, bordeaux, branco ou bege sempre me adormecendo antes de decidir) agora é um destes…
ou destes…
ou esse!!
E o teu? Qual é?