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Costanza Pascolato escreve um relato para nós!

Olá a todos!!  Como estou com problemas técnicos, vou ter que repostar algo para o blog não ficar sem nada hoje.  É um texto de Costanza de Outubro de 2013.  Obrigada pessoal por não ficarem muito bravos comigo!!… Espero…

Inauguramos hoje a coluna de Costanza/Mamisa!!

A comida e a imagem que você resolveu adotar!

Tendo nascido na primeira metade do Século XX, as imagens femininas que me influenciaram no importante momento de formação estética que é a adolescência, eram divas de Hollywood! Rolavam os anos de 1950 e as rainhas de beleza eram “encorpadas”. Eu, já preferia os sílfides das Vogues e Harper´s, esbeltas e misteriosamente elegantes. Vocês entenderam: Marilyn (que hoje adoro) versus Audrey Hepburn (que venero “ad eternum”).

Audrey Hepburn, imagem http://www.fanpop.com

Marilyn Monroe- Imagem
http://www.thehealthyhomeeconomist.com

A minha escolha estava feita! Portanto, se eu, virginiana meio obsessiva, quisesse chegar mais perto de meu ideal, Audrey, deveria permanecer magrinha. Na verdade nunca fui gorda. Mas, para alcançar essa “perfeição”, muito antes das academias e da distribuição ideal da “massa magra” e “massa gorda” não tínhamos muitas pistas. Nada, “nadinha” de nutricionistas ou “personals”. Meu pai, esportivo, grande “horseman” (adorava “steeplechase”, ou corrida de obstáculos para cavalos) e bom jogador de tênis me sugeriu:
1) nade
2) jogue tênis

Ok, ok. Tudo bem. Mas eu não era muito regular e entre escola (eu era péssima estudante: muito distraída!) e o resto,confesso que não foi sempre fácil. Fiz de tudo: oscilei de “tudo errado” para “tudo certo”, passando por momentos de grande felicidade quando alcançava uma espécie de equilíbrio entre estar “magra” e estar “feliz”. Engordava e emagrecia. Pouquinho. Eu era uma sanfoninha. Cadê Audrey? Para mim ela estava longe. A sofisticação dela, que eu tanto almejava, era tão alucinante quanto sua cinturinha!

O primeiro livro de dieta a gente nunca esquece

Aos 14 anos, comprei meu primeiro livro de dieta. E o primeiro a gente nunca esquece!! Era de um médico americano que falava com propriedade sobre os alimentos que ele chamava de “anabolic” e”catabolic”. Os “catabolics”, além de não engordar, queimam calorias. No final, uma listinha de alimentos e valor calórico do lado e exemplos de menus. Enlouqueci! Achei super coerente. E tive a tranqüilizante sensação de que ele falava com bom senso. Explicava o segredo de evitar excessos(óbvio mas que a gente esquece o tempo todo!). Dizia também, entre muitas outras coisas, que a base da longevidade é sair da mesa com fome!

Twiggy

Os anos 1960 trouxeram uma furiosa onda de renovação! As idéias dos jovens começaram a ter peso e a se tornar referência ( e a indicar um novo e promissor consumidor), começando a destronar, em parte, a hegemonia da cultura “adulta”. A moda – que é uma antena – e seus veículos, começaram a divulgar imagens femininas nunca vistas anteriormente. Foi o momento “Twiggy” (graveto).

http://thehistoryofeuropepodcast.blogspot.com.br

Seu nome era Lesley Hornby, a longilínea e magérrima menina da periferia londrina que se tornaria “a” top model icônica do período. Apesar de praticamente adulta, , sua silhueta filiforme cabelos “Joãozinho”, olhos escancarados aumentados com cílios postiços, delineador e sombra branca, e ar de adolescente a transformavam em uma espécie de caricatura estética da nova e influente “Young generation”. Todas nós adultas queríamos nos parecer com ela.
Neste período muitos eram os médicos irresponsáveis que receitavam “formulas” que continham anfetaminas a suas pacientes para conseguir uma silhueta bem esguia. E eu fui uma delas. Fiquei bem magra e… bastante neurótica!

Quando comer bem é a melhor vingança

Ao longo das décadas, entendi que a pessoa na qual você se transforma graças ao que você ingere, são indissociáveis!
Agora, mais do que nunca, vivemos num sistema no qual a comida e todas as suas variedades saudáveis ou não, são deglutidas sem pensar e até, de certa forma, com irresponsabilidade. O stress e vida agitada de hoje nos leva a isto. Mas, a custo de parecer chata, aconselho a todos a se lembrarem que comer bem é uma arte. Entenda que a hora da refeição é como se fosse um cerimonial no qual acionamos os vários sentidos: a visão de um belo prato, o olfato o paladar. Se banalizarmos esse instante ou comemos ligados no piloto automático, a conseqüência é que compensaremos na quantidade, à

s vezes sem perceber, e sem ter a consciência desse equivoco e com resultados dolorosos.
Afinal, comer bem é um ritual de escolhas e de estilo, e que para estar magra, comer bem pode ser a melhor vingança!
Ah!, e mais uma coisa: hoje, em tempos de obesidade e “fast food”, você só consegue manter a agilidade e disposição se, além de comer bem, apertar a tecla “mexa-se”!
COSTANZA PASCOLATO

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