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Como conheci o meu namorido, o Roberto!

como conheci o meu namorido

Roberto e eu no seu aniversário em 2018 perto da Ponte Vecchio em Florença. Foto Marcela Schneider Ferreira da @hashtagitaly

Como conheci o Roberto, hoje meu namorido?  Bem, foi pelo Facebook!

Já correm uns 10 anos.  Nem pensava em ter um blog na época.  Mas lembro que quando mencionaram Facebook pela primeira vez, senti imediatamente uma afinidade.  Instintivamente entendi que aquela plataforma poderia ser um espaço onde compartilhar informações e emoções.  Comecei a passar muito tempo lá.  Hoje, vejo que na verdade estava praticando para ser “blogueira”.  Inventava “editoriais”.  Teve um onde mostrava como a Callas parecia com a minha mãe.  Em outro criei o Top 10 homens mais lindos e elegantes.  Me concentrava para escrever um “status” interessante e cool.  A escolha da foto do perfil então, exigia grande atenção! Hoje pode parecer banal, mas na época era espertinho…

Um belo dia, surfando na página de um amigo que postara a obra prima The Great Gig in the Sky de Pink Floyd, comentei e logo a seguir o Robbie também.  Era um amigo em comum.  Seu comentário fora tão original e inteligente que escrevi “aplausos de pé!”

A sementinha tinha sido plantada!!  Hehe!  Pedi a amizade, ele concedeu.  Deu algumas horas e lá estava ele no meu chat (nossa faz séculos que o chat está trancado!  Atrofiado certamente!).  E começou um flirt virtual.  Nos apresentamos.  Aprendemos o que tínhamos em comum.  Coisas importante como a cor do iPhone ou o fato que os dois temos filhos chamados Cosimo e que moramos em estufas de villas (casarões) antigas.

Com o tempo entendemos também que já tínhamos nos encontrado em algumas festas e jantares.  Engraçado isso, não é?  As amizades tem grupos e subgrupos.  Por exemplo, em um grande casamento você vai ver quase todo mundo que conhece.  Mas destes, só uma parte verá com mais frequência.  E um subgrupo ainda menor são os amigos próximos pelos quais faz um esforço para ver sempre.

Voltando lá ao chat, conversa vai e conversa vem, chegou um feriado e eu ia viajar.  Os celulares não eram o que são hoje, mas dava para mandar torpedos.  Sugeri continuar a nossa conversa pelos iPhones brancos.  Pedi o seu número.  Ele despistou.  Disse que morava numa “caverna” (seu sobrenome é Leone ou seja, Leão) e que gostava deste mistério.  Hmmmm… ok… “Cá está o meu.”

Fui meio atrevidinha, mas também depois, silêncio total.

Passaram-se uns dois dias e recebo um torpedo:
“Quer tomar um chá na quinta?”
Chá?!?!??! Pensei eu.  Não gosto de chá!!  Mas respondi:
“Quinta não posso.”
“Então sexta…”
“OK.”

Na verdade, estávamos os dois terminando relacionamentos.  Essa sendo a razão que começamos a história bem devagarzinho.

Cheguei um pouco atrasada ao chá (como de costume) vestida em jeans, bota de cowboy e blazer.  Nas mesinhas fora do local algumas pessoas batiam papo e uma estava sentada lendo o jornal.  Olhando melhor, vejo que o jornal tinha dois buracos e atrás dois olhinhos!!  Era o Roberto!!  Ele estava me espiando!!  HHAHAHHAHAH!!  Malandrinho!

Hoje se defende dizendo que eu parecia perfeita demais no Face e ele queria ter certeza que não fosse uma impostora!  (Todos juntos: Awnnnn!)

Sentamos para tomar o bendito chá.  Sua estratégia sendo que durava mais que tomar um café.  Mas depois de um pouco, é lógico, tive que ir ao banheiro.  Sem o blazer, no momento que me levantei para ir à toilette minha forma de violão se revelou por completo!   Roberto diz ter sido quando se apaixonou definitivamente por mim!  Rsssss!  (Homens!!  Tão simples às vezes!)

Lembro que aquele dia  falou algo que me lisonjeou: “Já estou pensando como fazer para te ver de novo!!”  Mas nem um beijinho saiu nesse primeiro encontro!

Terminamos com os respectivos e nos reencontramos.  Fomos a um coquetel, e quando saímos estava nevando…  Que romântico!!  Depois de andarmos alguns quarteirões, perto de onde estacionamos os carros, ele me abraçou pela cintura.  Me trouxe pertinho de si, e me deu o mais leve e doce dos beijos enquanto os flocos de neve se apoiavam nos nossos cabelos, cílios e sorrisos!!

Seu primeiro presente a mim foi um bracelete de prata com escrito dentro “I finally found you, my love!” (Finalmente te encontrei, meu amor) com o dia, hora e minuto desse primeiro beijo.  Ele conta que as vendedoras da loja choraram quando ele ditou o que tinha que ser gravado.  Esse libriano!!

É uma história que já dura há 9 anos.  É um amor consciente, maduro, escolhido!  Não brigamos muito apesar de ser bem chatinha!  Ele é de uma paciência infinita!!   Porém, quem já me deixou (só algumas horas) 3 vezes foi ele!  Por mim, é pra sempre!

Fotos Marcela Schneider Ferreira da @hashtagitaly

E para ver como o Roberto me pediu em casamento e por que não moramos juntos, veja este post AQUI, Alianças! 

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