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Astrologia na Última Ceia de Leonardo da Vinci por Luciene Felix Lamy.

Observem o agrupamento proposital de 3 em 3 (Cardinal – Fixo – Mutável), abarcando os 4 elementos (Fogo – Terra – Ar – Água) e totalizando os 12 signos astrológicos.

O mistério desta obra importante de Leonardo da Vinci é desvendada por Luciene Felix Lamy de forma excepcional!

Quem poderia imaginar que Leonardo da Vinci tinha tanta intimidade com a astrologia ao ponto de conceber uma de suas obras mais importantes baseadas nos 12 signos.  Luciene Felix Lamy, querida amiga do Salotto e grande expert no assunto, nos explica de forma fascinante este fato!!

Astrologia: tamanho é documento?

Quando eu era criança, ainda no antigo primário, ouvi dizer que o tamanho da Terra em relação ao Sol era como o de um grão de areia num campo de futebol. Na minha mente de menina, essa dimensão suscitou poéticas elucubrações.

Comparação entre planetas e outras estrelas que compõem as constelações de nosso sistema solar:

Venere é Vênus (Afrodite), Giove é Júpiter (Zeus) e o Saturno (Chronos) acima está sem seus anéis (Protesto!). Algumas noções básicas são necessárias para nos familiarizarmos com certos termos, por isso, inseri os vídeos. Escolhi os mais curtinhos.

No post inaugural, contemplamos a “Via Láctea” por Rubens e Tintoretto e soubemos quais são nossos dons segundo Martin Schulman, neste assentaremos três dados astronômicos:

1 que as constelações são compostas pelo agrupamento de estrelas fixas que receberam nomes de heróis e de animais (Perseu, Andrômeda, Cástor, Pólux, Órion, Touro, Escorpião, Sagitário, etc.). Já vimos também, no vídeo acima, que algumas estrelas que compõem uma constelação chegam a ser absurdamente maiores, bem maiores que o próprio Sol.

Constelações nos dois hemisférios

A “Crux” a que o locutor se refere é o nosso “Cruzeiro do Sul”.

2 que algumas das constelações simbolizam os doze signos astrológicos e circundam o cinturão zodiacal, por onde o Sol transita (caminha) durante todo o ano;

O zodíaco, a elíptica e as estações do ano

3 por último, que antigamente eram denominados de “errantes” (porque pareciam “errar” o caminho por entre as estrelas fixas), temos os planetas (Mercúrio – Marte – Vênus – Júpiter – Saturno – Urano – Netuno – Plutão) e os luminares (Sol e Lua), que foram “batizados” com nomes de antigos deuses greco-romanos.

Reparem que vivemos entre Vênus e Marte: o desejo (pathós) e a potência (em grego, dýnamis) de conquistar o que se deseja.

Depois desse breve passeio pelo espaço, regressemos a Terra, vamos à Itália, conferir essa sua “pegada” pagã em Milão, na companhia de um renascentista que entendia muito, mas muito mesmo, de Astrologia:

 

Os Doze Apóstolos e os Doze Signos Astrológicos – Cenáculo de Leonardo Da Vinci

Observem o agrupamento proposital de 3 em 3 (Cardinal – Fixo – Mutável), abarcando os 4 elementos (Fogo – Terra – Ar – Água) e totalizando os 12 signos astrológicos.

Na antiguidade, a química e a alquimia eram uma só ciência, assim como a astrologia e astronomia. Por volta do século XIII d.C., o Papa Inocêncio III decretou uma bula, cindindo a ciência entre sagrada e profana. Desde então, astrólogos e alquimistas passaram a ser perseguidos.

Leonardo Da Vinci, um iniciado, decidiu imortalizar através da pintura toda a simbologia astrológica e numerológica contida nos ensinamentos do cristianismo esotérico, deixando este registro no quadro “A Última Ceia”.

“A Última Ceia” é, talvez, a pintura mais reproduzida do mundo.  Da Vinci trabalhou de 1495 a 1498, pintando-a na parede do Refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão.

Nela, os 12 apóstolos estão caracterizados pelos signos astrológicos, de acordo com os estudos da astróloga Emma de Mascheville, no livro “Luz e Sombra”.

Segundo o autor Santiago Americano Freire em “Leonardo Da Vinci” o pintor teria se inspirado no Evangelho de João, capítulo XIII. Na pintura os doze apóstolos representam os doze signos do zodíaco, de Áries a Peixes.

Leonardo esquematizou a disposição dos apóstolos de acordo com a posição astronômica, da direita para a esquerda de quem olha para o quadro. Os apóstolos estão colocados em quatro grupos de três, simbolizando as quatro estações do ano da esquerda para a direita.

Jesus está ao bem centro, sua cabeça debaixo de um arco, um semicírculo, observando-se ao fundo três janelas abertas por onde entram luz (a iluminação). À direita e à esquerda da sala estão duas janelas fechadas de cada lado, simbolizando a escuridão (as trevas).

Jesus, ao centro entre João e André, tem as duas mãos estendidas uma para cada lado (a imparcialidade). Sugere-se que com a mão esquerda Cristo se doa e com a direita recolhe. Observa-se ainda a cabeça de Cristo pendendo para o lado esquerdo, o lado do coração.

 

O primeiro apóstolo à direita, na cabeceira da mesa, é Simão, o cananeu, com os dois punhos à frente, e que corresponde ao signo de Áries, Signo de fogo e de ação, Simão indica com as mãos a direção a tomar. Áries rege a cabeça na anatomia astrológica, e a testa de Simão é bem realçada na pintura. Sua prontidão ariana também é mostrada pelas mãos desembaraçadas, para agirem conforme a vontade e coragem cardeal [cardinal] de Áries.

 

Ao seu lado, está Judas Tadeu, o taurino. Seu semblante é sereno; enquanto escuta Simão (Áries/cérebro) vai digerindo lentamente suas impressões, acolhendo-as com uma das mãos, revelando a possessividade de Touro (que é terra/receptivo). No corpo humano, Touro rege o pescoço e a garganta, e o de Judas Tadeu está bem destacado.

 

Mateus vem em seguida, correspondendo a Gêmeos, signo duplo que necessita de interação com as pessoas e de colher informações. Mateus tem as mãos dispostas para um lado e o rosto para o outro, revelando a dinâmica geminiana de querer falar e ouvir a todos ao mesmo tempo. Mateus era repórter e historiador da vida de Jesus, e Gêmeos rege a casa III, setor de comunicação e do conhecimento.

 

Logo após, está Filipe, o canceriano. Suas mãos em direção ao peito mostram a tendência canceriana para acolher, proteger e cuidar das coisas. Regido pela Lua, Câncer trabalha com o sentir. Filipe está inclinado, como se estivesse se oferecendo para alguma tarefa.

 

Ao seu lado está Tiago Menor, o leonino, de braços abertos, revelando nesse gesto largo o poder de irradiar amor (Leão rege o coração e o chacra cardíaco), ele se impõe nesse gesto confiante, centralizando atenções. A Casa V diz respeito aos jogos (inclusive amorosos!), a criatividade e a prole.

 

Atrás dele, quase que escondido, está Tomé, o virginiano, que, apesar de modesto, não deixa de expressar o lado crítico e inquisitivo de Virgem – com o dedo em riste ele contesta diante de Cristo; foi Tomé quem quis o ver para crer. Rege a Casa VI, saúde e a rotina do dia a dia.

 

Libra é simbolizado por João, de semblante sereno; o discípulo amado sentado mais próximo de Jesus. Com as mãos entrelaçadas, ele pondera e considera todas as opiniões antes de tomar posições – Libra rege a casa VII [do casamento, uniões, parcerias e associações], é o setor do outro e isso requer imparcialidade e diplomacia.

 

Ao seu lado, está Judas Iscariotes, representando Escorpião. Com uma das mãos ele segura a sacola com os “dinare”, o olhar profundo, angustiado, triste, amargurado. Era o organizador das finanças da comunidade dos apóstolos (Escorpião rege a casa VIII, que trata dos bens e valores dos outros) e com a outra mão ele bate na mesa, protestando.

 

Sagitário é representado por Pedro, o Pescador de Almas. Foi ele quem fez o dogma e instituiu a lei da Igreja – Sagitário rege a casa IX, setor das leis, religiões e filosofia. Seu dedo aponta para Jesus – a meta de Sagitário é espiritual – e na outra mão ele segura uma faca, representando o lado instintivo nos homens. Ele se eleva entre outros dois apóstolos, trazendo esclarecimentos (luz) à discussão.

 

Ao seu lado está André, que representa Capricórnio. Conhecedor das responsabilidades, com seu gesto restritivo impõe limites. Seu rosto magro e ossos salientes revelam o biotipo capricorniano. Seus cabelos e barbas brancas e seu semblante sério mostram a relação de Capricórnio com o tempo e a sabedoria. Rege a Casa X, do status e da carreira profissional.

 

Os temores de André são apaziguados por Tiago Maior, aquariano, que debruça uma de suas mãos sobre seus ombros, num gesto amigável, enquanto a outra se estende aos demais. Ele visualiza o conjunto, percebendo ali o trabalho em grupo liderado pelo Mestre. Aquário rege a casa XI, que é o setor dos grupos, amigos e esperanças.

 

O último da mesa é Bartolomeu, que representa Peixes. Seus pés estão em destaque (que são regidos por Peixes na anatomia astrológica). Ele parece absorvido pelo que acontece à mesa e, com as mãos apoiadas, quase debruçado, revela devoção envolvido pelo clima desse último encontro entre os apóstolos e Jesus Cristo, já que numa determinada hora as coisas ficaram um pouco confusas, pois Jesus revelou que “a mão do que me trai está comigo à mesa”. Rege a Casa XII, das finalizações. Fonte: internet, mas acresci alguns dados.

 

Agora, “A Última Ceia” nos “fala” mais de perto.

“Segundo a Wiki, São João Batista é o último quadro sobrevivente de Leonardo da Vinci e é talvez o mais controvertido. Houve muita polêmica sobre o significado da mão do santo apontando para cima, e o seu sorriso enigmático provocou tantas discussões quanto o da Mona Lisa.”. Em meu entendimento, Leonardo está “enigmaticamente” rogando que atentemos aos céus.

Por enquanto é só, pessoal. Parafraseando a Consu, e aí, gostaram?

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Luciene também fez um post fantástico sobre a missão dos doze signos!! Venha ver qual é a tua AQUI.

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