O mito de Eros & Psyché – 1ª parte por Luciene Felix Lamy


O mito de Eros & Psyché

Psyché ainda menina, por William Sergeant Kendall (1909): Mesmo à revelia, essa inocente menina despertou o ódio da mais poderosa divindade do Olimpo! Afrodite (Vênus), deusa do amor e da beleza não admite concorrência e trata de enviar seu filho Eros (Cupido) para vingá-la. Mas eis que… Bem, saiba sobre o desenlace desse mito repleto de paixão, amor, sexo (à la 50 tons) e, claro, a legítima PAIDEIA (pedagogia) grega.

O mito de Eros & Psyché – Qual é a condição “sine-qua-non” para o Amor?

Por Luciene Felix Lamy

Amigos do Consueloblog, a fim de enriquecê-los ainda mais com conhecimentos sobre a mitologia greco-romana, é com prazer que trazemos esse que é, seguramente, um dos mitos mais retratados em toda a História da Arte.

O amor vivenciado por Eros (Cupido), filho da deusa do amor e da beleza, Afrodite (Vênus) pela formosa donzela, Psyché (Alma) está eternizado em pinturas e esculturas lindíssimas por muitos artistas e será impossível não encontrá-los nos grandes museus mundo afora.

Eros Eustaque le Seur

O nascimento de Eros, por Eustaque Le Seur

Eros Jean-Baptiste Greuze

Psyché ainda menina, por Jean Baptiste Greuze

Eros Wilhelm Kray

Psyché adolescente, por Wilhelm Kray

Eros Friedrich Paul Thumann2

Psyché adolescente, por Friedrich Paul Thumann

Eros e Psyche enfants Bouguereau

Eros & Psyché quando crianças por William Adolphe Bouguereau

Eros Angelika Kauffmann

Eros & Psyché quando crianças por William Angelika Kauffmann

Indubitavelmente, a felicidade no amor é uma das maiores dádivas que alguém pode almejar. E há, em todo relacionamento amoroso bem sucedido, um componente imprescindível, sem o qual essa felicidade jamais pode ser plenamente alcançada.

A fim de explicitar o quão relevante é esse componente, conheçamos o mito de Eros (Cupido) e Psiquê (a Alma).

Psiquê era a mais nova de quatro irmãs. Bela, mas tão bela, que a própria deusa do amor e da beleza, Afrodite (Vênus), começou a ficar incomodada, pois vinham estrangeiros de longe conferir a beleza da jovem. Já estavam até deixando de frequentar o templo da mãe de Eros e abandonando o hábito de lhe fazer oferendas.

Psyché é reverenciada e observada por Afrodite (Vênus) lá do alto, que a aponta para Eros (Cupido), por Luca Giordano.

Psyché é reverenciada e observada por Afrodite (Vênus) lá do alto, que a aponta para Eros (Cupido), por Luca Giordano.

Enciumada, a deusa do amor e da beleza decide enviar seu filho Eros e incumbe-lhe a tarefa de flechar o coração de Psiquê para que a jovem se apaixone pelo mais reles dos mortais: um mendigo, um grotesco velho feioso, tosco, qualquer um, desde que fosse imprestável.

Psyché está cercada de pretendentes e é observada por Eros, por Maurice Denis.

Psyché está cercada de pretendentes e é observada por Eros, por Maurice Denis.

Mas Eros, ao avistar Psiquê apaixona-se perdidamente por ela.

O pai de Psiquê, preocupado porque já havia casado as outras três filhas e a caçula não se interessava por ninguém, foi procurar o Oráculo. Eros, passando-se por adivinho, disse-lhe que a moça deveria ser levada a um alto penhasco e lá deixada, pois era essa a vontade dos deuses.

3- Os pais de Psyché vão consultar o Oráculo de Apolo e, escondido, Eros se faz passar por adivinho, por François Pascal Simon Gerard.

Os pais de Psyché vão consultar o Oráculo de Apolo e, escondido, Eros se faz passar por adivinho, por François Pascal Simon Gerard.

Crente, o pobre pai, embora sofrendo muito, cumpriu à risca o mandamento do Oráculo. Adornada como uma noiva, Psiquê seguia resignada, conformada com seu destino, mas suas irmãs e seus pais choravam muito. Preparam-na, despediram-se e a deixaram no penhasco conforme a orientação recebida.

Seguida por seus pais, Psyché é acompanhada por suas irmãs para ser deixada num penhasco, por Edward Burne Jones.

Seguida por seus pais, Psyché é acompanhada por suas irmãs para ser deixada num penhasco, por Edward Burne Jones.

5- A jovem sendo levada, por Bernardo Daddi (bico de pena) e por...

A jovem sendo levada, por Bernardo Daddi (bico de pena) e por…

Eros Juan Carlos Boveri

Juan Carlos Boveri

 

 

 

 

Psiquê adormeceu e Eros providenciou para que Eólo, o vento de brisa suave a arrebatasse até seu magnífico palácio. Noutras versões, assim que a jovem dormiu, depois de passar um tempo em devaneio, apenas a observando, ele mesmo a levou em seus braços.

Psyché adormece onde fora deixada e Eros a observa, por Kinuko Y. Craft

Psyché adormece onde fora deixada e Eros a observa, por Kinuko Y. Craft

Christian Gottlieb Kratzenstein

Christian Gottlieb Kratzenstein

William Etty

William Etty

Edward Burner-Jones

Edward Burner-Jones

Anthony Van Dyck

Anthony Van Dyck

Alphonse Legros

Alphonse Legros

Mumiah

Mumiah

Ainda adormecida, Psyché nem sabe que está sendo levada pelos braços de seu apaixonado Eros, por Pierre-Paul Proudhon

Ainda adormecida, Psyché nem sabe que está sendo levada pelos braços de seu apaixonado Eros, por Pierre-Paul Proudhon

William Adolphe Bouguereau

William Adolphe Bouguereau

William Adolphe Bouguereau

William Adolphe Bouguereau

Annie Louisa Swynnerton

Annie Louisa Swynnerton

Ao acordar, Psiquê não compreendia… Estava cercada de muito luxo: via diante de si uma enorme mesa com um vasto banquete, jardins repletos de flores, pássaros, tudo impecável e, embora jamais avistasse qualquer pessoa, só de pensar em algo, tinha seu desejo prontamente atendido. Era como se houvesse um séquito de serviçais para atendê-la.

Psyché adentra timidamente ao jardim do palácio de Eros, por John William Waterhouse

Psyché adentra timidamente ao jardim do palácio de Eros, por John William Waterhouse

No palácio, Psyché é servida por um séquito de serviçais que Eros deixa à sua disposição, por Charles Joseph Natoire.

No palácio, Psyché é servida por um séquito de serviçais que Eros deixa à sua disposição, por Charles Joseph Natoire.

À noite, Psiquê preparou-se para dormir em sua cama de rainha e, qual não foi sua surpresa ao, no escuro, pressentir a presença de um homem que, embora ela não visse, tratou logo de tranquilizá-la: “Calma, Psiquê, sou eu, seu marido. Só o que desejo é fazê-la feliz”.

Eros e Psiquê tiveram uma longa e maravilhosa noite de amor.

Na manhã seguinte, Psiquê percebeu que ele havia ido embora e, ansiosamente, esperou por ele ao anoitecer. E assim aconteceu, por noites e noites. Psiquê estava apaixonada, feliz, radiante. E todas as noites, ela o aguardava ansiosamente.

Eros tem uma inesquecível noite de amor com Psyché, embora ele não permita que ela o veja, por Jacques Louis David

Eros tem uma inesquecível noite de amor com Psyché, embora ele não permita que ela o veja, por Jacques Louis David

Jean-Baptiste Regnault

Jean-Baptiste Regnault

Patricia Watwood

Patricia Watwood

François Edouard Picot

François Edouard Picot

Eles estão apaixonados! E durante todos os dias, Psyché aguarda ansiosamente a chegada de seu misterioso amante, por John Roddam Spencer Stanhope

Eles estão apaixonados! E durante todos os dias, Psyché aguarda ansiosamente a chegada de seu misterioso amante, por John Roddam Spencer Stanhope

O tempo foi passando e Psiquê, com saudades de seus pais e de suas irmãs, implorou ao desconhecido marido para ir visitá-los. Eros decididamente disse que não, que jamais a atenderia. Mas Psiquê foi insistindo, insistindo, até que Eros a autorizou a trazer suas irmãs para visitá-la.

Sábio, pediu que não desse ouvidos às palavras de suas irmãs, alertando-a para a inveja, que mesmo entre fraternos, pode se instalar.

Entristecida, Psyché implora a Eros que a deixe rever suas irmãs, por Eduard Steinbruck.

Entristecida, Psyché implora a Eros que a deixe rever suas irmãs, por Eduard Steinbruck.

Ao chegar ao palácio, as irmãs ficaram boquiabertas, jamais tinham visto tanto luxo, tanta riqueza e conforto. Aproximaram-se de Psiquê e começaram a lhe incutir mil desconfianças: “Ora, Psiquê, com quem você acha que dorme?”. “Com um monstro!”, respondeu outra.

“Não tenho dúvida – afirmou a mais velha – afinal, todo esse esplendor, todo o carinho e docilidade que você relata… Nada é perfeito, só pode vir de um monstro terrível”.

“Hoje à noite, dissipe suas dúvidas”, insistiram. E assim fez a pobre Psiquê.

Embora contrariado, Eros permite que as irmãs de Psyché a visitem e elas ficam surpresas, encantadas e enciumadas com tamanha fartura e riqueza, por Jean-Honoré Fragonard

Embora contrariado, Eros permite que as irmãs de Psyché a visitem e elas ficam surpresas, encantadas e enciumadas com tamanha fartura e riqueza, por Jean-Honoré Fragonard

Merry-Joseph Blondel

Merry-Joseph Blondel

Após outra maravilhosa noite de amor, esperou Eros adormecer e acendeu uma vela aproximando-a do rosto do amado. Paralisada, Psiquê quase perde a respiração… Era o homem mais belo que já tinha visto!

Desconfiada, Psyché segue a orientação das suas irmãs e após Eros adormecer, acende uma vela para flagrá-lo, por Jean François Lagrenee

Desconfiada, Psyché segue a orientação das suas irmãs e após Eros adormecer, acende uma vela para flagrá-lo, por Jean François Lagrenee

Vicente Carducho

Vicente Carducho

Jacopo Zucchi

Jacopo Zucchi

John Wood

John Wood

Peter Paul Rubens

Peter Paul Rubens

Jean-Baptiste Regnault

Jean-Baptiste Regnault

Domenico Corvi

Domenico Corvi

Joshua Reinolds

Joshua Reinolds

Antonio Bellucci

Antonio Bellucci

Giuseppe Crespi

Giuseppe Crespi

Simon Vouet

Simon Vouet

um autor desconhecid

um autor desconhecid

Maurice Denis

Maurice Denis

Troy Howell

Troy Howell

Giuseppe Cammarano

Giuseppe Cammarano

Sem querer, da vela caiu um pingo quente sobre a face de Eros. Ele se levantou bruscamente e com as asas abertas, já de pé na gigantesca janela soltou um triste grito de dor: Tola, Psiquê! Não sabe que o AMOR não convive com a desconfiança?

E por fim, Eros abandona Psyché, por Charles-Antoine Coypel

E por fim, Eros abandona Psyché, por Charles-Antoine Coypel

Espero que tenham apreciado, amigos! E, aguardem, pois amanhã traremos mais uma pequena surpresa sobre esse apaixonado casal. Gostaria de saber do Salotto, qual dessas obras vocês mais gostaram e se já tiveram a grata satisfação de conferir alguma pessoalmente. Beijos e até logo mais!

Para ouvir a narrativa desse mito, basta clicar AQUI.

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38 Comments

Ana Basaglia
Reply 5 de September de 2015

Que história linda, e que bela coleção de obras de arte, representando tudo!! Obrigada pelo post!!!

    luciene felix lamy
    Reply 5 de September de 2015

    Que bom que apreciaste, Ana! Não perca as esculturas amanhã, de perder o fôlego. Zilhões!!!
    E para enlevar ainda + o espírito, eis a obra "Eros & Psyché", do organista belga Cesar Franck (1800 e pouco):
    https://www.youtube.com/watch?v=hpOUYVjTtY4

rosana
Reply 5 de September de 2015

Linda história!
Adoro seus posts Consuelo!
bj

rosana
Reply 5 de September de 2015

Luciene você arrasou!
Obras de arte maravilhosas!
Não conhecia.
bj

    luciene felix lamy
    Reply 6 de September de 2015

    Pois agora imagine a felicidade ao se deparar com elas (e as esculturas também) mundo afora, Rosana.
    Há muitas outras, e certamente você já saberá identificá-las, independente do momento do mito que esteja sendo retratado. Oportunamente, relate o mito a quem estiver apreciando-as com você. Um grande beijo e ótimo feriado! lu.

Maria Benincasa
Reply 5 de September de 2015

Bom dia Salloto! Bom dia Lu! Que maravilha! Historias de amor senpre me encantam! Nao vejo a hora de saber como acaba essa!!!! ❤️❤️❤️❤️A mi ha obra preferida é a de Annie Louisa!!!
Bjs e obrigada por aumentar nossa cultura!!!
Bjs da roça! Bom feriado!

    luciene felix lamy
    Reply 5 de September de 2015

    Encantam mesmo, e essa é antiga demais, por isso sempre atual.
    A da inglesa Annie Louisa Robinson Swynnerton (1844 – 1933) é de 1890,está na Gallery Oldham, Inglaterra.
    Sou eu que agradeço pelo interesse, amiga.
    Beijos do mar e um ótimo feriado!

Carmen Nogueira
Reply 5 de September de 2015

Luciene,muito obrigada !
Essa idéia de adicionar os quadros passo a passo do seu relato e´muito bacana.
E respondendo à pergunta meu quadro preferido é do Willian Adolphe Bouguereau pela leveza, puresa que me transmitiu.
Estou aguardando a continuidade do seu texto.
Bjo

    luciene felix lamy
    Reply 5 de September de 2015

    Querida Carmen,
    Foi um prazer trazê-los, amiga. Difícil é selecionar as obras...
    De Bouguereau, gosto de como a retratou no azul e de como o retratou no lilás: que rosto bonito!
    Do francês, também já analisamos aqui, no Consueloblog, algo mais denso*.
    Quanto ao desenlace do mito, ele a abandona e passa a sofrer ininterruptamente, dia e noite sem sequer alimentar-se...
    A mãe (Afrodite/Vênus) não se conforma em ver o filho em tal estado e fica enfurecida mais uma vez com Psiquê.
    A moça se desespera pela perda do amado, aconselha-se com Pã (o Fauno) e vai clamar por perdão à própria "sogra", que a obriga a tarefas infindáveis (lembras-te de quando a madrasta da gata borralheira, Cinderela quebra um colar de pérolas dentro da lareira e a faz recolher uma por uma dentro das cinzas? Pois é, mil tarefas assim. Mas Psiquê se empenha!). Por fim, depois de como um dia disse a Kika (Repetto) na Galleria Borghese: "comer o pão que o diabo amassou", Afrodite a perdoa e eles finalmente se casam, sob as bênçãos da deusa do Amor e da beleza, diante de todo o Olimpo. Mas inserir as obras que retratam os detalhes desses episódios tornaria os Post's ainda + extensos. Fica para uma outra oportunidade, quem sabe?
    Agora preciso priorizar a localização de Saturno nos mapas e trazer o terrível e inesquecível GOYA!
    Reparaste que a maioria dos artistas retratam Psiquê (a Alma) com asas de borboletas? Ela se transforma. Ela voa.
    Um grande beijo e não deixe de vir conferir as esculturas desse apaixonado casal, Carmen.
    Eles foram a inspiração de tantas obras, que acho que "Eros & Psyché" só perde para a própria Afrodite (Vênus). \o/
    É importante que, quando num Museu, não a confundam com Danae** sendo fecundada por Zeus com uma chuva de ouro, também sempre MUITO retratada pelos artistas.
    Ótimo feriado, minha querida!
    (*) Mais Bouguereau: https://www.consueloblog.com/astrologia-eu-sou-o-sol-eu-sou-o-sol/
    (**) Mais Danae: https://www.consueloblog.com/perseu/

      Carmen Nogueira
      Reply 6 de September de 2015

      Luciene, muito obrigada pela sua atenção e gentileza em completar este mito.
      Bjo

        luciene felix lamy
        Reply 6 de September de 2015

        Sou eu quem agradece Carmen.
        Confira no Post seguinte o link para as demais narrativas. Beijãozão!

      Maria Benincasa
      Reply 8 de September de 2015

      Agora sim fiquei feliz! Rsrs
      Vc vai falar de Goya! Eu adoro a fase negra dele! E tb os que ele inspirou! Vou aguardar ansiosa!
      Bjs da roça

Mia Athayde
Reply 5 de September de 2015

Lu, que delícia de texto!
E em "quadrinhos" ou, como se fazia antigamente em publicidade, num divertido story board!
ADOREI ser apresentada ao mito de Eros e Psyché neste formato didático, lúdico, criativo e, super eficiente, professora!
Parabéns !!!!!!!!
E o meu favorito, é o trabalho de Jacopo Zucchi ... gostei das cores, dos detalhes como o cachorro, os bordados das almofadas, o entalhe da cabeceira da cama ... mas tenho uma pergunta: vc sabe o porquê do punhal na mão de Psyché?
Bjssss e muito obrigada, Lu!

    luciene felix lamy
    Reply 5 de September de 2015

    Mia, donzela,
    Se o formato ajudou a fixar a estória, touché! \o/
    Lindíssimo esse Jacopo! Ele é renascentista, foi discípulo de Giorgio Vasari. Jacopo foi forte em Florença e em Roma.
    O punhal é porque suas irmãs a incutiram na cabeça que ela vivia com um monstro, e que era por isso que ele se recusava a mostrar-se para ela. Diziam que ele tinha presas afiadas, orelhas de asno, focinho ao invés de nariz, olhar demoníaco, essas coisas. Bem, ela foi desvendá-lo já precavida.
    Um grande beijo e ótimo feriado, Mia!
    PS: Forneci algumas informações na resposta para a Carmen, acima, mas está aguardando moderação.

Mar
Reply 5 de September de 2015

Vou me repetir...mas o o post está divino!
Talento,bom gosto,e sensibilidade juntos nessa primeira parte do mito de Eros e Psiché.As telas belíssimas!Vou apenas dizer qual Eros eu achei mais atraente...rs O retratado por Patricia Watwood,aliás as mulheres pintaram os mais belos...pq será? :)
Obrigada e bjs mil!

    luciene felix lamy
    Reply 5 de September de 2015

    Divino porque eles são deuses, Mar!
    Ah, bem sensual o corpo desse Eros, hein?
    Talvez por uma maior afinidade com o que atrai no sexo oposto...
    Muitíssimo grata por deixar seu comentário, amiga! Ótimo feriado!

Marina Di Lullo
Reply 5 de September de 2015

Lu querida, tenho uma reproducão de Eros & Psyché crianças, em quadro, e é tão doce esta imagem e este beijo.
História linda, recheada de sacrifício, amor e redenção. Diga-me Lu, Afrodite não teria ido longe demais com sua vaidade? E qual dos deuses, além de Deméter, teria ajudado Psiquê a superar suas provas, para reconquistar Eros? Obrigada!! Beijos

    luciene felix lamy
    Reply 5 de September de 2015

    Sim, Marina querida,
    Eles retratados quando crianças revelam ainda mais ternura...
    Acredito que a deusa tenha sido movida pela inveja (o panteão greco-romano é humano demais). E nem precisava pois, sendo imortal não havia como Psyché a superar. Mas ela se sentiu ofuscada, fazer o quê? Bem, depois Psyché também tornou-se imortal. Além de Deméter, para desincumbir-se das árduas tarefas impostas pela sogra, a moça contou com o auxílio ninguém menos que o próprio Zeus (Júpiter), Hermes (Mercúrio) e a soberana do Reino do Hades, Perséfone (Prosérpina).
    Um beijo carinhoso em seu coração, Marina. Um feriado de paz e aconchego. Mil beijos, lu.

      Marina Di Lullo
      Reply 6 de September de 2015

      Obrigada querida Lu, bem que desconfiei que Zeus estava por perto...beijo grande e bom feriado também.

Denise Luna
Reply 5 de September de 2015

Lu!!!!!!!!!!!!! Cheguei agora e quando vi o seu texto e as obras de arte, fiquei eletrizada!!!!! Mas vou deixar para ler tudo amanhã, pois esse post tem que ser "sorvido e digerido" com tranquilidade e sem pressa.
Bjs e obrigada por esse presente

    luciene felix lamy
    Reply 6 de September de 2015

    Sim, Denise!
    Com tranquilidade e sem pressa*, assim como o amor.
    Ainda bem que é feriado, amiga. Obrigada por teres comentado! Zilhões!!!
    (*) Além de total e absoluta confiança.

Sueli
Reply 6 de September de 2015

Adorei, parabéns!
O que mais gostei foi o Anne Louisa pela dramaticidade das asas...

    luciene felix lamy
    Reply 6 de September de 2015

    Oh, Sueli,
    Que bom que apreciaste, donzela!
    Sim, muito belas com toda essa abundância de penas em lilás. Mas os detalhes das asas na escultura de Antonio Canova (Post seguinte)... O que é aquilo? E em mármore! Dê uma olhada, irás adorar. Mil beijos, lu.

Erika
Reply 6 de September de 2015

Gostei muito da primeira obra "Psyché ainda menina, por William Sergeant Kendall " mas William Adolphe Bouguereau e John William Waterhouse sempre me encantam.

    luciene felix lamy
    Reply 6 de September de 2015

    Ah, Erika,
    Essa ninfeta de William Sergeant kendall (do grego nymphé, significando botão de rosa, menina adolescente, noiva, púbere, velada) é realmente sublime e está no Museu de Arte Metropolitana de Nova Iorque.
    Com Bouguereau, Alma Tadema e Waterhouse é assim: quem gosta de um, certamente gosta dos outros.
    Mil beijos e grata por ter comentado, amiga! Bom feriado! lu.

Norma Cardoso
Reply 6 de September de 2015

O 'mito' foi passado lindament, Lu. Escolher entre as imagens selecionadas, com tanto cuidado, a mais bela. é função para Páris. já que cada uma traz em seu bojo uma delicadeza, um detalhe, que a faz, sob esse ângulo sobrepor as demais (inclusive a arte digital de Mumiah é linda!). Agora, o ponto alto para mim. foi o término da sua narrativa (postcast). As pessoas no estúdio estavam com a respiração em suspenso e isso Flor, equivale a aplausos de pé ... Obrigada! Bjo Nac

    luciene felix lamy
    Reply 6 de September de 2015

    Norma. querida,
    Que alegria ler seu comentário, amiga.
    O que vale mesmo é conseguir transmitir a paideia (pedagogia), principalmente se eu puder levá-la aos que não dispõe de recursos para acessá-la. Estou prestes a realizar um sonho. Assim que der certo, o Salotto será o primeiro a saber. Mil beijos e bom feriado.

Carol R.
Reply 7 de September de 2015

Lu
parabéns pelo post, adorei saber um pouco mais do mito de Eros e Psyché
bjs e saudades.

    luciene felix lamy
    Reply 8 de September de 2015

    Carol, minha donzela,
    Que forma linda de se falar da importância da confiança no Amor, não é?
    Não há museu (de porte) que não conte com alguma(s) obras retratando esse apaixonado casal.
    Mil beijos, saudades... lu.

Andreia Mota
Reply 8 de September de 2015

Querida Maestra Lu, perdoe-me a demora, mas a danada da internet lá em casa é de banda lenta, risos. Eu queria ver todas as imagens para entender a trajetória do tema abordado. A noite de amor entre Eros e Psyché foi arrebatadora, em algumas imagens o braço sobre a cabeça indica à disposição do prazer, querendo sexo e implorando para ser consumido, ambos foram retratados deixando perceber a fragilidade do corpo humano*. Que pena que esse amor não vingou, ou melhor, não resistiu as desconfianças!!! Minha imagens predileta foi a da Patricia Watwood, perfeita. Beijo grande e obrigada pelos ensinamentos.

*Livro O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não-verbal

    Denise Luna
    Reply 8 de September de 2015

    Amiga, você analisa direitinho, heim? Danadinha......
    Bjs e saudades!

    luciene felix lamy
    Reply 8 de September de 2015

    Andreia,
    Menina, que noite, hein? Ela foi fisgada (a Alma, refém do corpo)! E já o havia encantado bem antes (o Amor, refém da Alma).
    Esse mito relata tantas coisas atemporais: o "feitiço" que se volta contra o "feiticeiro", ou melhor, a feiticeira, já que o tiro de Afrodite saiu pela culatra, rsrsrs. A ardilosidade da qual o Amor (Eros) é capaz para alcançar seus intentos; A inveja sobre quem desfruta de riquezas, luxo e conforto, além de ser feliz e amado(a); O risco de deixar-se influenciar pelas palavras incutidas por terceiros; O preço a se pagar pelo rompimento de um "pacto"; o longo calvário em busca da redenção, etc.
    Esse mito é extremamente sensual, carregado (óbvio) de EROTISMO.
    O Eros de Patricia Watwood é, de fato, muito sensual. UAU!!! Ela tem apenas 43 anos e suas pinceladas (com uma boa pitada de realismo) tem feito muito sucesso mundo a fora, confira o site dela aqui: http://www.patriciawatwood.com/
    Sou eu quem agradece pela audiência, amiga. Mil beijos, lu.

Cassiano Cacho Soares Lopes
Reply 8 de September de 2015

Lucy in the sky with diamonds, tô apaixonado por essa história! Nunca tinha visto nenhuma dessas obras e serei injusto em escolher apenas uma delas, pois todas tem uma identidade sedutora... Posto incrível! Bjocas, Cassi.

    luciene felix lamy
    Reply 8 de September de 2015

    Cassi, amigo querido,
    Ah, se é difícil para você, imagine para mim, que tive que deixar algumas de fora...
    Em Roma, na Vila Farnesina*, Rafael Sanzio decorou toda uma gigantesca sala exclusivamente em homenagem ao casal.
    Vale a pena conferir a Sala de Psyché. De cair o queixo! Mil beijos, lu.
    (*) Palazzo de Giulia Farnese, amante do papa espanhol Alexandre VI.

Fabi
Reply 8 de September de 2015

Luciene,

Post muito bem escrito e produzido!!!

Por mais posts assim por aqui Consuelo...

Abraços.

    luciene felix lamy
    Reply 9 de September de 2015

    Olá, Fabi,
    Fico felix da vida que tenhas apreciado, amiga!
    Mensalmente, um Post novo aqui, no Consueloblog. \o/ Confira os já publicados:

    PRIMEIRA TEMPORADA - 2014 (11 episódios)
    Post inaugural (As doze missões de cada signo astrológico);
    Segundo post (análise da Santa Ceia - Cenáculo de Leonardo Da Vinci, em Milão);
    Terceiro post (símbolos planetários);
    Quarto post (rolezinho pela Europa e como fazer SEU mapa);
    Quinto post (Asc./Desc. e análise da obra "O casal Arnolfini", de Van Eyck);
    Sexto post (2ª e 8ª Casas e análise da obra "Uma dança para o tempo", de Nicolas Poussin);
    Sétimo post (3ª e 9ª Casas e análise de "A escola de Atenas", de Rafael Sanzio, no Vaticano);
    Oitavo Post (4ª e 10ª Casas e análise de alguns Vanitas e mapa de Chanel);
    Nono Post (5ª e 11ª Casas e análise de Baco & Ariadne - Amor a 1ª vista, de Ticiano Vecelio);
    Décimo Post (6ª e 12ª Casas e análise da obra "Provérbios flamengos", de Bruegel);
    Décimo 1º Post (SOL nos signos e O julgamento de Orestes - pelo crime de matricídio, de Bouguereau);

    SEGUNDA TEMPORADA - 2015
    1º Post: LUA nos signos e "Adoração dos Magos", de Giotto di Bondone;
    2º Post: Mercúrio nos signos e análise da "Primavera", de Sandro Botticelli;
    3º Post: Especial sobre análise de "O nascimento de Vênus" e + Sandro Botticelli;
    4º Post: Vênus nos signos e análise de "Amor Sagrado e Profano", do veneziano Ticiano Vecelio;
    5º Post: Marte nos signos e análise de "Anunciação", de Leonardo Da Vinci, que está na Uffizi, Florença;
    6° Post: Especial de "Dia dos Namorados": "Marte desarmado por Vênus", de Jacques-Louis David;
    7º Post: Especial: Perseu - Loggia dei Lanzi (Piazza della Signorina);
    8º Post: Júpiter nos signos e Michelangelo Buonarroti por Giorgio Vasari;
    9° Post: Especial: O mito de "Eros & Psyché" nas Artes (Partes I e II);
    10° Post: Saturno nos signos e análise de "Saturno engolindo seus filhos", de Goya, PRÓXIMO!

    Espero que aprecies, Fabi Um grande beijo, lu.

Luciana
Reply 12 de September de 2015

Fantástico seu post!
As telas são belissimas...obrigada pela generosidade em dividi-lo conosco!
Beijo carinhoso...

Celia Costa
Reply 17 de September de 2015

Luciene, eu já tinha ouvido sua narração anos atrás e fiquei maravilhada com a emoção que você nos transmite, principalmente no final ! Foi ótimo relembrar ! E que obras de arte maravilhosas. Obrigada por compartilhar !

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