Maneirismo: à maneira do autor!


E a segunda parte do post de astrologia sobre Urano e maneirismo pela Prof. Luciene Felix Lamy.

As nove musas são filhas de Mnemósyne (memória) com o soberano do Olimpo, Zeus (Júpiter, Giove). São elas: Urânia (celeste, astronomia e astrologia), Calíope (bela voz, eloquência), Thaléia (festividade, bom humor, abundância, comédia), Terpsícore (dança), Polyhymnia (música sacra), Melpômone (canto, poesia trágica), Euterpe (música, alegria, júbilo), Kleio (história, confere fama, glória) e Érato (encanto, desejo e poesia lírica).

As nove musas são filhas de Mnemósyne (memória) com o soberano do Olimpo, Zeus (Júpiter, Giove). São elas: Urânia (celeste, astronomia e astrologia), Calíope (bela voz, eloquência), Thaléia (festividade, bom humor, abundância, comédia), Terpsícore (dança), Polyhymnia (música sacra), Melpômone (canto, poesia trágica), Euterpe (música, alegria, júbilo), Kleio (história, confere fama, glória) e Érato (encanto, desejo e poesia lírica).

Entre o Renascimento (períodos Trecento, Quatrocento e Cinquecento já tratados no Consueloblog) e o Barroco (AQUI), eis o Maneirismo!

Esse movimento que ocorre entre 1525 e 1600, trazendo o estilo mais livre e solto será denominado “Maneirismo”, do italiano “Maniera” (estilo, no sentido de elegância). Mas, paradoxalmente, não se espante se considerar alguns elementos desse estilo artificiais, deformados, um tanto “esquisitos”, meio que fugindo de toda aquela perfeição, daquele esplendor idealizado (e realizado!) pelos renascentistas. Antecessora do Barroco, o Maneirismo causa algum estranhamento. Sim, mais liberdade, era essa a ideia!

Alguns de seus exponenciais foram Giovan Battista de Jacopo, Il Rosso Fiorentino, pisciano de 8 de março de 1495-1540; Jacopo Carucci Pontormo, geminiano de 24 de maio de 1494-1557; Girolamo Francesco Maria Mazzola – Parmigianino, capricorniano de 11 de janeiro de 1503-1540; Agnolo Bronzino, escorpiano de 17 de novembro de 1503-1572 e o veneziano Jacopo Robusti Tintoretto, taurino de 29 de abril de 1519-1594.

Giorgio Vasari também enveredou para o maneirismo: confiram o altar da Igreja de Santa Maria Novella, em Florença. E o escultor Giambologna também imprimiu o Maneirismo à sua arte (O rapto das Sabinas, AQUI ). No entanto, o Maneirismo não se limitou à Itália, pois também tivemos maneiristas alemães, franceses e holandeses.

Bem, época de contradições, os 75 anos que separam o Alto Renascimento (1525) do Barroco (1600) foram considerados como um período de crise que deu origem a várias tendências que rivalizavam entre si, e não a um ideal dominante.

O significado original do termo era um tanto sarcástico e preconceituoso (agora sabemos porquê) e designava um grupo de pintores de Roma e Florença cujo estilo conscientemente “artificial” derivava de certas características de Rafael (AQUI) e Michelangelo (AQUI).

Recentemente, o Maneirismo foi reconhecido como parte de um movimento mais amplo que situava a “visão interior”, conquanto subjetiva e fantástica, acima da idêntica autoridade da natureza e dos antigos. Os primeiros sinais do Maneirismo surgem com alguns jovens pintores florentinos, pouco antes de 1525. Vamos a eles!

Em cerca de 1521, Rosso Fiorentino, o mais excêntrico membro desse grupo, com a obra “A Descida da Cruz” expressou essa convicção em si mesmo. No final de sua carreira, Rosso deixou a Itália para integrar a corte do rei Francisco I da França, em Fointainebleau (1º centro de prática do maneirismo). Rosso deve esse nome ao tom ruivo de seus cabelos. Embora haja quem diga que tenha cometido suicídio, é provável que tenha morrido de causas naturais, dizem os estudiosos.

 

“A descida da Cruz”, Rosso Fiorentino (1521). Pinacoteca de Volterra, Itália.

“A descida da Cruz”, Rosso Fiorentino (1521). Pinacoteca de Volterra, Itália.

Segundo H.W. Janson e Anthony E.Janson, não estávamos preparados para o impacto provocado por essa teia araneiforme que se expande contra um céu escuro. Embora agitadas, as figuras também são rígidas, como se estivessem congeladas por uma súbita rajada de vento glacial. Até mesmo as roupas tem planos de pouca elasticidade e extremidades abruptas. As cores ácidas e a luz brilhante, mas irreal, reforçam a atmosfera de pesadelo da cena. Aqui está algo que equivale a uma revolta contra o equilíbrio clássico da arte do Alto Renascimento – um estilo visionário profundamente inquietante e voluntarioso, que reflete uma ansiedade cujas raízes são bastante profundas, afirmam.

Pontormo, também de Florença e amigo de Rosso, era tímido e introspectivo: dizem que se trancava em seus aposentos por semanas a fio, recluso e inacessível até mesmo aos amigos. Excêntrico, seu caráter neurótico e retraído revela-se em seu diário, que descreve os detalhes de seu dia a dia de maneira quase obsessiva. Bronzino foi seu discípulo. Sua mais famosa obra “A deposição da cruz” (1525-1528) é o altar-mor da Capela Barbadori (de Brunelleschi) na Igreja de Santa Felicità, em Florença.

“Estudo de uma jovem”, Pontormo (1526). Galleria degli Uffizi, Firenze. Sensível, seus desenhos refletem bem essa faceta de sua personalidade. Em “Estudo de uma jovem” vemos que a moça contempla o espaço com certa tristeza. Esse olhar parece estar a observar com certa distância, como se estivesse constatando algo. Já enxergamos o subjetivismo na obra.

“Estudo de uma jovem”, Pontormo (1526). Galleria degli Uffizi, Firenze.
Sensível, seus desenhos refletem bem essa faceta de sua personalidade. Em “Estudo de uma jovem” vemos que a moça contempla o espaço com certa tristeza. Esse olhar parece estar a observar com certa distância, como se estivesse constatando algo. Já enxergamos o subjetivismo na obra.

Bem, temos então os “anticlássicos” Rosso e Pontormo, basilares nessa primeira fase do Maneirismo, que foi substituído por outro aspecto desse movimento.

Esse novo aspecto era menos abertamente anticlássico, menos carregado de emoção subjetiva, mas também (e ainda assim) distante daquele mundo estável e repleto de certezas que vimos no Alto Renascimento.

“Autorretrato”, Parmigianino (1524). Museu de História da Arte, Viena. Será que Parmigianino queria mostrar que não existe uma realidade única e “correta”, e que a distorção é tão natural quanto a aparência normal das coisas?

“Autorretrato”, Parmigianino (1524). Museu de História da Arte, Viena.
Será que Parmigianino queria mostrar que não existe uma realidade única e “correta”, e que a distorção é tão natural quanto a aparência normal das coisas?

Essa obra de Parmigianino não sugere qualquer perturbação psicológica; o artista tem um aspecto meigo, é gracioso e está bem vestido, envolto num sutil esfumado que lembra Da Vinci (AQUI). Mas as distorções também são objetivas e não arbitrárias, pois o retrato registra o que Parmigianino via ao olhar-se num espelho convexo. Por que este fascínio por essa visão “através do espelho”?

Anteriormente, Johannes Van Eyck (AQUI), que tinha utilizado o mesmo recurso como um complemento à sua observação, havia “filtrado” as distorções. Mas Parmigianino substitui a pintura do espelho por algo o próprio espelho, usando até mesmo um painel convexo especialmente preparado.

Giorgio Vasari conta que Parmigianino, que morreu com apenas 37 anos (em 1540), obcecado pela alquimia, deixou barba e cabelos crescer e ficou num desleixo total. Sua estranha imaginação é evidente em sua obra mais famosa: “Madona do Pescoço Comprido”.

“Madona do Pescoço Comprido”, Parmigianino (1535). Galleria degli Uffizi, Firenze. Aqui vislumbramos aquele algo de “artificial” para o qual o termo Maneirismo foi cunhado originalmente. Essa obra é uma visão da perfeição sobrenatural e sua fria elegância não é menos instigante que a violência da “Descida” de Rosso (acima).

“Madona do Pescoço Comprido”, Parmigianino (1535). Galleria degli Uffizi, Firenze.
Aqui vislumbramos aquele algo de “artificial” para o qual o termo Maneirismo foi cunhado originalmente. Essa obra é uma visão da perfeição sobrenatural e sua fria elegância não é menos instigante que a violência da “Descida” de Rosso (acima).

Depois de vários anos em Roma, Parmigianino regressa à Parma, sua cidade natal (por isso seu nome, Parmigianino) e executa essa magnífica obra! Diz-se que ele estava impressionado com toda aquela graciosidade rítmica de Rafael Sanzio, mas resolveu transformar as figuras do velho mestre em um novo e extraordinário gênero: seus membros alongados e com a suavidade do marfim, movem-se com um langor sem esforços, corporificando um ideal de beleza tão distante da natureza quanto as figuras bizantinas.

Os críticos chamam a atenção também para o cenário, igualmente arbitrário, com uma série de colunas gigantescas (e aparentemente sem sentido) que surgem por trás da pequena figura de um profeta: “Parmigianino parece determinado a não permitir que avaliemos qualquer coisa, nessa pintura, segundo os padrões da experiência comum”.

Vinculada a um gosto sofisticado e até mesmo refinado, a fase “elegante” do Maneirismo italiano atingiu particularmente os mecenas aristocráticos como o Grão duque da Toscana Cosimo I de Medici e o Rei Francisco I da França, tornando-se logo internacional. 

“Eleonora de Toledo e seu Filho Giovanni de Medici”, Agnolo Bronzino (1550). Galeria dos Ofícios, Florença.

“Eleonora de Toledo e seu Filho Giovanni de Medici”, Agnolo Bronzino (1550). Galeria dos Ofícios, Florença.

Bem, fato é que o estilo Maneirista produziu esplêndidos retratos, como o de Eleanora de Toledo, esposa de Cosimo I de Medici, feito por Agnolo Bronzino, pintor da corte de Cosimo. A modelo, aqui, aparece como membro de uma nobre casta social, e não como uma personalidade individual; congelada em imobilidade por trás da barreira de suas vestes profusamente adornadas.

Por mais predicados que reúna, uma estrangeira nem sempre é bem recebida fora de suas terras. Uma belíssima jovem, altamente instruída, patrona das artes e uma das percursoras da alta costura utilizada em prol político para retratos de Estado, a bela espanhola Eleonora de Toledo (nascida em Salamanca) era culta, refinada, rica e nobre (seu avô era primo de ninguém menos que o rei Fernando de Aragão, consorte da reina Isabel de Castilla!), no entanto, ela não fora benquista de imediato pelos florentinos. Mas não é que matrimônios políticos (arranjados), às vezes, davam certo? Apaixonada e virtuosa, Eleonora deixou o marido, Cosimo I de Medici a seus pés: “Ele a ama tanto, que jamais sai sem ela (a menos quando vai à igreja), e goza da reputação de homem deveras casto”, conta o inglês William Thomas. Seus restos mortais repousam na Basílica de São Lourenço, em Florença.

“Uma alegoria de Vênus e Cupido”, Agnolo Bronzino (1572). National Gallery, Londres.

“Uma alegoria de Vênus e Cupido”, Agnolo Bronzino (1572). National Gallery, Londres.

Maravilhoso exemplo do Maneirismo, eis uma cena bizarra, carregada de erotismo (ele inspirou-se na poesia erótica de Petrarca) e bastante polêmica! Vênus (Afrodite) volta-se para beijar Cupido (Eros), que afaga seu seio esquerdo. Ela segura uma seta de ouro e uma maçã. Saturno (Chronos), o deus do Tempo (vejam a ampulheta no ombro dele), descortina a cena.

Ao lado de Cupido, o Ciúme, em desespero, aperta o próprio crânio. Há uma figura mascarada que do alto contempla a cena, o Esquecimento, que tenta encobrir a cena incestuosa entre Vênus e Cupido, mas é impedido pelo braço de Saturno, o Tempo. Observamos também uma bela menina estranhamente retratada como sendo uma Quimera: tem corpo de réptil, segurando um favo de mel numa das mãos e na outra, a ponta em aguilhão de sua cauda: o amor é doce, mas fere!

A figura de um menino travesso e bem sorridente trazendo pétalas de rosas, pisa em espinhos, reforçando mais uma vez o caráter ambivalente do amor. E as máscaras no chão, à direita da obra, dirigem-se à Vênus, acompanham todo seu braço direito, depois o esquerdo e terminam no de Saturno, concluindo assim uma espécie de círculo. Consagradas à deusa do amor e da beleza, há ainda duas pombinhas brancas no canto inferior esquerdo.

Tanto a luz serena quanto a suavidade da pintura são típicas de Bronzino. Encomendada como presente para o rei da França, Francisco I, o simbolismo dessa alegoria suscitou acaloradas discussões palacianas.

“A Última Ceia”, Tintoretto (1592-94). San Giorgio Maggiore, Veneza.

“A Última Ceia”, Tintoretto (1592-94). San Giorgio Maggiore, Veneza.

Em Veneza, o Maneirismo só apareceu próximo aos meados do século. Seu representante principal, Tintoretto, homem culto mas de costumes simples, era um artista de energia e inventividade prodigiosas, combinando elementos do Maneirismo “anticlássico” e “elegante” em sua obra. Segundo se afirma, ele queria “pintar como Ticiano e desenhar como Michelangelo”.

A última grande obra de Tintoretto, “A Última Ceia” é também a mais espetacular; nega, de todas as formas possíveis, os valores clássicos da versão que Leonardo pintara do tema (AQUI), quase um século antes.

É certo que Cristo ainda ocupa o centro da composição, mas agora a mesa está colocada em ângulo reto com relação ao plano do quadro, de tal forma que sua pequena figura à meia distância só é identificável pela auréola brilhante.

Tintoretto colocou a cena em um contexto cotidiano, enchendo-a de espectadores, recipientes para alimentos e bebidas e animais domésticos. Isso, no entanto, presta-se apenas a estabelecer um contraste dramático entre o natural e o sobrenatural, pois há também espectadores celestiais – a fumaça da ardente lâmpada a óleo transforma-se milagrosamente em nuvens de anjos que convergem para Cristo no momento exato em que Ele oferece Seu corpo e sangue, sob a forma de pão e vinho, a Seus Discípulos.

A principal preocupação de Tintoretto foi tornar visível a instituição da Eucaristia, a transubstanciação do alimento terreno em alimento divino; ele pouco se interessa pelo drama humano da traição de Judas (a minúscula figura na parte de trás, ao lado esquerdo da mesa).

“Cristo e a adúltera”, Tintoretto (1550). Galleria Borghese, Roma.

“Cristo e a adúltera”, Tintoretto (1550). Galleria Borghese, Roma.

À esquerda, temos os fariseus, confabulando sobre a pecadora. Cristo está sentado, cercado por alguns de seus apóstolos (identificados pela auréolas) e tem no chão, na verdade na “terra”, diante de si as escrituras, isso porque a “Lei” é para todos.

A jovem e bela mulher, ricamente vestida e adornada, está ao centro, olhando para as escrituras no chão, com os braços abertos e as mãos – uma para baixo e outra para cima – que parecem denunciar surpresa. Ela foi trazida pelos denunciantes que a flagraram e adultério.

O episódio é contado por João 8,1-11. Conta-se que quando ensinava no Templo, Jesus foi apresentado uma mulher que havia sido descoberta cometendo adultério. Lembram a Ele que a Lei diz que tal mulher deveria ser apedrejada e perguntam o que pensa sobre isso.

Jesus não responde e começa a escrever com o dedo na terra. Voltam a questionar e Ele diz: “Quem não tem pecado atire a primeira pedra”. Todos vão embora e Jesus diz à mulher: “Eu também não te condeno. Vai e não peques mais”.

Segundo o Evangelho, Deus repudia o pecado, mas acolhe o pecador de braços abertos, convidando-o à conversão (“Vai e não peques mais!”).

Após as palavras de Cristo, os outros fariseus (à direita) abandonam o Templo. Essa obra é marcada por intensa dramaticidade, alcançada pela utilização de pontos de vista inesperados e perspectivas espantosas, por contrastes intensos de escala e efeitos brilhantes de luz e cor. Tintoretto tornou-se a síntese das energias culturais de Veneza, onde fez uma carreira longa e prolífica.

Em MAIO, além da programação que já consta, vamos conferir de perto essas e outras obras destes exponenciais do Maneirismo! Desfrutemos também da proposta exclusivíssima da Sandra Gorski Rego, AQUI inesquecível!

Enquanto isso, no início de MARÇO nos encontraremos para mais uma Turma do Curso de Mitologia Greco-romana em SP, que nos fornece uma base sólida para toda e qualquer viagem – em todos os sentidos! – pelo mundo.

Curso de Mitologia(1)

 

Espero que os amigos tenham apreciado a seleção de Maneiristas e que, diante de uma obra, com conhecimento de causa, possam dizer algo como: “Parece renascentista, mas aqui há uma ‘pegada’ maneirista, já prenunciando o Barroco”. Salotto Cult!

Até nosso próximo Post, quando decifraremos Netuno em nossos mapas e o último (e talvez o maior) pintor Maneirista: o magistral Doménikos Theotokópoulos, El Greco e a análise completa de uma de suas mais famosas obras.

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21 Comments

Sylvia
Reply 20 de February de 2016

Parabéns pelas breves incursões pela arte, tradicional e contemporânea! Despertar o interesse do seu público já é um grande feito!

    luciene felix lamy
    Reply 22 de February de 2016

    Buongiorno, Sylvia!
    Despertar o interesse tem sido um grande desafio a todos aqueles que se propõe a transmitir algo, amiga. Mas Deus é tão perfeito que dotou os professores do prazer em aprender e da ânsia por ensinar. Aos pouquinhos despertamos a "curiositas" e quando menos se espera, eis que nos vemos compartilhando toda essa beleza. Que magia! Muitíssimo grata por teres vindo conferir e teres apreciado nosso Post, Sylvia.
    Zilhões!!! lu.

Norma Cardoso
Reply 20 de February de 2016

Lu, Você honrou o "maneirismo"! Tornou-o ainda mais atraente. Bjo Nac

    luciene felix lamy
    Reply 22 de February de 2016

    Menina,
    O contexto político e econômico que permeava o Maneirismo é também muitíssimo interessante! A realeza e a nobreza espanhola, portuguesa, francesa, alemã e inglesa, além da italiana (sobretudo o papado em Roma) fervilhava!!! Pecado não trazer a ganância pelo poder e o empenho na ostentação de riquezas que "inspiraram" tão virtuosos e sensíveis, artistas. Mas isso a gente transmite nas aulas.
    Aliás, quem participa de nossos Cursos, seja aqui no Brasil ou lá fora, não se limita ao conteúdo pré-estabelecido, mas amplia significativamente seu background*, pois proporcionamos saberes que se complementam, abarcando conhecimentos verdadeiramente úteis à vida prática, com suas inerentes vicissitudes. Um dia, quem sabe, nos vemos no Rio, Norma. \o/
    Um GRANDE beijo, saudades... lu.
    (*) Confira aqui alguns temas já estudados, amiga:
    http://lucienefelix.blogspot.com.br/p/indice-textos.html

Denise Luna
Reply 20 de February de 2016

Lu, seus posts são demais! Adoro quando você nos ensina um pouco mais sobre a história da arte e mitologia grega. Você é top.
Bjs

    luciene felix lamy
    Reply 22 de February de 2016

    Que top que nada, Denise, magina.
    É que tudo isso tem magia: impossível não se encantar, amiga.
    A propósito, a obra que abre esse Post é bem Maneirista! Trata-se de “As musas”, Tintoretto (1575). Royal Collection (coleção da família real britânica). Trouxemos também um MARAVILHOSO Tintoretto ("A criação da Via Láctea", que está na National Gallery, em Londres) aqui:
    https://www.consueloblog.com/astrologia-por-luciene-felix-lamy-um-classico-nao-sai-de-moda/
    Beijãozão!!!

Ana Laura Dimas de Freitas Rabelo
Reply 21 de February de 2016

Bravissima, Lu! Que delícia aprender sobre isso! Amei.

Beijos,

AL

    luciene felix lamy
    Reply 22 de February de 2016

    Aprender! Isso é mesmo muito gostoso!!!
    Confira na última foto desse Post (link abaixo) a bibliografia consultada, minha amiga.
    Muitíssimo grata por teres tido interesse e paciência em conferir essas belezas, Ana Laura.
    Zilhões!!! lu.
    https://www.consueloblog.com/michelangelo-e-divino-por-jupiter-que-e/

Mar
Reply 21 de February de 2016

Obrigada Consuelo por oportunizar esses textos super interessantes da Lu!!!!
Amei o post, tive a oportunidade de observar recentemente, com mais calma, algumas dessas obras na Santa Maria Novella, na Ufizzi, em Volterra e Veneza. Realmente o maneirismo causa algum impacto...pq vem na sequência das obras renascentistas, aliás ele mescla com a Alta Renascença, não? Tintoretto e Il Sodoma ( descrito em um livro que estou lendo) parece que entram nesta categoria de pintores maneiristas da Alta Renascença! Bom...esse assunto rende, é muito!!!
Só quero dizer que a Lu fez seu trabalho com maestria, mais uma vez, e espero poder continuar recebendo esses "presentes" que ela produz!
Bjks

    luciene felix lamy
    Reply 22 de February de 2016

    Mar, minha querida ARTISTA!!!
    Também preciso reiterar gratidão à Consu por disponibilizar essa plataforma, o ConsueloBlog!
    Adoro contemplar as tuas fotos de viagens, sempre indo aos museus, sempre se deleitando com toda beleza da Arte. Não é por acaso que tuas aquarelas e peças de ourivesaria são tão delicadas e primorosas! Sim, o Maneirismo vem logo na sequência do Alto Renascimento. Isso porque em História da Arte (como em toda História), não há um momento estanque, um divisor de acontecimentos e de estilos tão precisos (em termos de tempo) que nos permita dizer algo como como: "Bem, tudo o que for produzido a partir desse momento, passará a ser considerado de tal estilo". A Arte, como tudo na vida, é processo. Claro que, de repente, um novo vento sopra e essa inauguração (original!) nos leva a outro patamar do qual não se volta mais atrás. Não sendo o mesmo. O Maneirismo é uma espécie de preparação para o impacto que o Barroco explicitará. Uma vez que a Arte está profundamente enraizada à metafísica, ao re-ligare (religião) e esta à nobreza, a propagação das ideias de Martinho Lutero e o avanço do Anglicanismo com Henrique VIII embassará e dará forças a esse "por vir" (Barroco), que será a resposta (pujante) da Igreja Católica.
    Bem, você que ADORA Veneza, confira "O Resgate do corpo de São Marcos", de Tintoretto e veja que primor no melhor estilo Maneirista, amiga.
    Um GRANDE beijo, lu.

      Mar
      Reply 22 de February de 2016

      Puxa Lu...assim fico até corada! A Consu diz assim, né? Rsrsrsrs Me considero uma aprendiz! Acho que tem até uma música que tem um refrão famoso. Andei dando uma olhada no Tintoretto, depois que vc falou...a obra dele está bem espalhada por vários museus. E...tem bastante drama, serviu como inspiração para El Grecco, não?
      Pelo que descobri, O Resgate do corpo de São Marcos está na Pinacoteca de Brera, quanta coisa para conhecer ainda! Kkkkk
      Obrigada Lu,
      bjssssss

        luciene felix lamy
        Reply 23 de February de 2016

        Sim, Marina!
        El Greco andou (e se encantou) pela Itália.
        A obra está em Brera, mas retrata a piazza San Marco, em Veneza ao fundo.
        Haja o que contemplar, amiga! Brigadão por ires conferir. Zilhões!!! lu.
        PS: Fique coradinha não, é a pura verdade! Sua Alma já é refém da beleza.

Andreia Mota
Reply 21 de February de 2016

Se não fosse por você, acho que não me interessaria tanto pelas informações. Da forma como você vai expondo cada tema, impossível não se apaixonar. Tenho uma vontade imensa de fazer este curso, quem sabe no próximo ano?! Adorei, adorei e adorei! Beijos Lu querida.

    luciene felix lamy
    Reply 22 de February de 2016

    Ah, sério Andreia???
    Menina, se eu consegui despertar o interesse... Nossa! Como valeu cada minuto dedicado à tentativa de explicar, minha amiga. Sentes vontade? Então basta que exerças o domínio sobre ela e tome uma atitude: venha à SP mesmo e deleite-se! Daí, quando for à Europa estará ainda + preparada.
    Anote em sua agenda: dias 4 e 5 de março (6ª e sábado), em Higienópolis.
    Na 6ª feira, será à noite, das 20h às 22h e no sábado, das 10h às 13h.
    Para acessar o Programa (conteúdo) do Curso, acesse:
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    E traga os filhotes*! Política, Literatura, Arte, Psicologia, enfim, Paideia (pedagogia), Mitologia Greco-romana versa sobre família. Uma família repleta de dádivas e barracos possíveis e imagináveis, mas todos membros de uma antiga e encantadora família: a humana.
    Mil beijos, saudades... lu.
    (*) Na "faixa"! Os adolescentes incorporam inarredáveis virtudes aristocráticas na Alma. Se apaixonarão pela verve e coragem dos heróis, estarão melhor preparados para as armadilhas da vida, pois os arquétipos são atemporais e universais. Peça que ouçam algumas narrativas em áudio, aqui:
    http://lucienefelix.blogspot.com.br/p/narrativas-de-mitos-gregos.html

Maria Vilma
Reply 22 de February de 2016

Nossa!!! No post anterior, na descrição do significado do planeta Urano em meu signo, diz que eu tenho o ego elevado...
Bem, ter o privilégio de aprender coisas assim, com uma professora filósofa, erudita, fina e sútil...como vc, o meu ego atinge Urano na velocidade da luz...hahaha...
Muito, muito obrigada!
MaVi

    luciene felix lamy
    Reply 23 de February de 2016

    MaGinaMaVi... Como "aquele" grego, só sei que nada sei, amiga.
    Mas fico é feliz em ver que te preparas para enxergar tudo o que verás no continente na ninfa raptada por Zeus. Muito, muito obrigada por teres vindo conferir o Post, donzela! Zilhões!!! lu.

Sonia Ferrari
Reply 22 de February de 2016

Oi. Lu Qtos elogios merecidos com palavras virtuosas as quais vc recebeu neste post e nos anteriores tambem Vc sabe como te admiro......Hoje na academia fazendo bike li e aprendi mto sobre maneirismo..... Foram os minutos mais rapidos os quais passei fazendo exercicio..bjs e tks. Sonia

    luciene felix lamy
    Reply 23 de February de 2016

    É, Sonia, o Salotto sabe encabular...
    Exercitavas corpo & alma. Que menina prática!!! Beijos mil, lu.

Marina Di Lullo
Reply 22 de February de 2016

Adorei Lu!! O Maneirismo traz alguma humanidade e realidade à perfeição renascentista, certo? Pelo menos é o que me transmitiu o olhar sereno de Eleonora de Toledo. Beijos

    luciene felix lamy
    Reply 23 de February de 2016

    Sabe o que é, Marina, esse período que vai entre 1525 e 1600 foi de muita ebulição (disputa) política e a arte acabou por manifestar toda essa instabilidade. Algo de novo surgia, mas ainda assim, com um tantinho de "sem pé nem cabeça (modo de dizer)".

    E sim, compreendeste bem quando afirmas que o Maneirismo trouxe alguma humanidade e realidade em contraponto a todo aquele ideal (platonicamente falando) perfeito renascentista.

    Eleonora de Toledo deve ter sido uma mulher e tanto! Conheceu Cosimo aos dezessete aninhos. Os livros contam que ele se apaixonou por ela à primeira vista, de tão linda e graciosa que era, com seus modos refinados (o Imperador Carlos V tinha interesse em garantir livre entrada de seus exércitos na região da Toscana, algo que essa aliança trouxe). Li que ela teve onze gravidezes (bem, não sei quantas vingaram), acompanhava-o em tudo. Dizem também que ela mantinha duas posturas bem distintas: uma na vida privada (dinâmica, alegre e extrovertida) e outra em sociedade (séria, bem formal) e que Cosimo I se encantou por ela ser culta, independente, gostar de esportes "radicais" e de jogar cartas de baralho. Antes do romance engrenar, ele a escrevia em italiano, que ela logo começou a aprender para ler as cartas do amado. Mas só o respondia em espanhol. Deve haver alguma biografia dela. É das que eu leria com prazer.

    Mil beijos amiga! Saudades... lu.

luciene felix lamy
Reply 28 de February de 2016

Mais sobre a vida de Eleonora de Toledo, esposa de Cosimo I de Medici, aqui:
https://tudorbrasil.wordpress.com/2015/12/20/eleonora-de-toledo-a-face-por-detras-dos-medici-parte-i-inicio-da-vida/

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