Eternamente Irremediável!

Uma estória inspiradora neste dia que homenageia o romance!!  Paola abandona tudo pelo amor que a surpreende… nestes poemas ela expressa toda a força da sua paixão…do seu amor!

Em suas palavras, Paola Piovesana conta a sua história…

“O encontro aconteceu uma noite em Portugal.
Na frente de um elevador não foi amor à primeira vista, foi reconhecer-se a primeira vista.
Em seguida, aviões e lugares estranhos imediatamente tornou-se  ninhos de amor e paixão. Apenas alguns meses que foram para sempre. Projetos, promessas, sonhos, erros. Meus.
A porta fechou e a parede subiu.
Silêncio.
Ensurdecedor, gelado, mortal.
Mudei completamente a minha vida, pedi demissão do trabalho, terminei um namoro, saí de casa e corri sozinha atras da felicidade.
Cheguei no Brasil, não conhecendo ninguém, falando pouco a língua.
Era tarde demais.
Foram dias de desespero, solidão, mas não podia mais voltar atras.
Precisava dormir sob o seu mesmo céu, respirar o mesmo ar.
Só assim sobreviver.
A porta continua fechada e com este livro espero encontrar a chave para voltar no seus braços.
Porque em mim, como está escrito na capa, além  da distancia, do tempo, do silencio, da solidão, o amor continua a viver.
Por isso escrevi em português, porque embora o italiano seja a minha língua do nascimento, o português é a língua do meu coração.
Por isso continuo a morar em Brasil porque embora a Itália seja o Pais do amor, o Brasil é o Pais do meu amor.”

A inspiração da capa!

Algumas das poesias do livro:

Lentamente, abro os olhos.
Não sei quanto tempo passou,
nem onde estou.
No céu não voam as andorinhas
e a cigarra não voltou a cantar.
Todavia, no meu corpo entorpecido,
posa um tímido raio de Sol.
O primeiro,
depois do inverno da sua ausência.
Difícil derreter o gelo.
Dói.
Queima.
Assusta.
Terror de que uma avalanche de sentimentos hibernados vare o meu frágil equilíbrio e
os meus fantasmas desperte.

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Carregando a saudade vim por aqui arrastando o meu corpo exausto de tanto amar. Sem saber até quando, rejeitando-me,

me infligirás a pena de repetir
o meu inútil esforço.

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Sem trégua nem paz
andei até sangrar.
Procurei abrigos,
mendiga de palavras
supliquei ajuda.
Egoísmo e falsa aparência rasgaram os meus sonhos do peito. Tentei então com Deus,

de joelhos pedi arrego,
mas nem Ele quis me ouvir.
Indaguei búzios e pretos-velhos
sem ter respostas.
Desenraizada e estranhada
de tudo em que acreditava,
aferrolhei os socos
para suportar o sofrimento que abrasava a minha alma. Subi o morro
enganando a dor com a cachaça.
E, perdendo-me,
me encontrei.

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A minha única salvação:
estar aqui.
(Ainda que) me senti uma desertora.
Há tempo que abandonei o bando
e voo desacompanhada
com a minha solidão,
sem encarar a terra, olhando para o céu.
Larguei as rédeas
perseguindo o vento, contravento.
E entre dois batimentos de asa
um sonho, contratempo.
Livre das definições e
das verdades absolutas,
coerente apenas às leis contraditórias do meu ser. Nascida em uma segunda quinta-feira de janeiro, levo a bandeira de Oxalá.
O meu destino
é estar aqui,
feita caboclo.
Inimiga do ritmo,
um pandeiro desafinado bate no meu peito
e a minha alma morena
se agita neste branco corpo.
Descompassado.

Lindo demais!!!!  Não?!!  Para quem estiver no Rio ou São Paulo…

O livro está a venda online aqui:

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E Paola termina seus agradecimentos no livro assim:

Na minha alma, Mediterrâneo e Atlântico confundem-se.

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Viva o AMOR!!!

Permitam-me.  Dia 12 de Junho também era o aniversário da minha avó, Dona Gabriella, para quem quiser saber mais sobre ela, um post lindo AQUI.