Dior Spring Summer 2014, o desfile

O desfile da Dior foi uma surpresa.  As notas do show na cadeira e o mix de flores naturais e artificiais que decoravam divinamente a estrutura criada para o show no Musée Rodin em Paris, já indicavam que seria um mix de tecidos naturais e sintéticos em um mix de modelagens clássicas e contemporâneas.

Não consigo entender como o mesmo Raf Simons pelo qual havia reverência absoluta na Jil Sander com suas criações esculturais intelectuais, hoje me apresenta uma desconstrução dos modelos icônicos do Monsieur Dior em nota urbana absolutamente cacofônica. No final do desfile meu coração estava aos prantos!!!  Enquanto meu rosto arriscava uma neutralidade como as outras concorrentes ao Oscar quando não escutam o seu nome ser chamado.

Mas foi neste exato momento que ele faz sair do backstage, uma atrás da outra, em grande velocidade, vestidos e Bar tailleur (o modelo clássico da maison) de noite em preto e lamé de uma beleza e maestria técnica emocionante!!  Salvou o show, salvou meu coração, e espero as vendas também (apesar que todas as bolsas são maravilhosas, o qual em si já deve garantir a estação para a marca e o Sr. Simons).

Simons explica “Tanto ao redor de Dior é sobre a natureza e existe a idéia que ela não pode ser transformada.  Mas eu quis mudar exatamente isto; que a moda é um lugar de possibilidades, riscos e mudança.”

No backstage a frenesia e frisson estavam ao máximo.  A Raf-tribo é muito devota e fanática, mas lendo as críticas hoje de manhã, apesar da reverência ao talento de Simons e ao seu esforço de encontrar uma estrada inovadora para a Dior, senti um receio de soltar fogos de artifício…

Mais tarde foi a vez do coquetel da Glamour Brasil no elegante Hotel Fouquet

Seguido pelo jantar da Vogue Brasil no Mathi’s