Chanel em Cuba: Cruise 2016-17

Chanel em Cuba?  Depois dos Rolling Stones e dos Obamas, foi a sua vez!

Eu nunca fui a Cuba, mas a Maison Chanel sim!  É muito capaz que vocês já tenham visto alguma imagem do grande show que foi o desfile de Cruise 2016-17 da marca.  É tradição escolherem um local diferente e exótico, mas Cuba apresentava vários problemas para trazer a elite da imprensa mundial.  Quase não tem wi-fi, a humidade, as estruturas, os mosquitos (e perigo de zika) as conexões aéreas… mas Chanel é Chanel e nada disto impediu o feito.

Ainda bem!

Faz tempo que não amo o que Karl Lagerfeld tem feito para a Chanel.  Acho a mão dele pesada.  Mas desde o último desfile de inverno em Paris, se vê uma volta às origens com peças muito usáveis dentro dos códigos do street style (uma tendência universal).  Muitas vezes isto significa que o estilista está com assistentes e stylists novos.  Infelizmente não tenho fontes que podem me confirmar isto, mas o fato está que esta coleção de Cruise estava ótima!!

Lagerfeld (em torno ao qual roda especulações que possa estar em suas últimas temporadas para a marca apesar do contrato para a vida. Seria SUA a escolha de partir) busca nos looks coloniais, nos ícones Cubanos, em seu artesanato e moda de rua os códigos que ele daí transporta à estética Chanel.

Bonés à la Che Guevara, tricot, camisetas com a escrita Coco Cuba, couro gasto, jeans e chinelo (tá bem que com decorações de pérolas) todos entram a fazer parte do repertório.  Tudo acompanhado pelas vozes fortes e cheias de personalidade das gêmeas franco-americanas, Ibeyi, seguidas por grandes músicos como o pianista Aldo López Gavilán e o baterista Rudy López Murcia, tocando com a Orquestra de Câmara de Havana e dirigidos por Daiana García. E para terminar,  Los Rumberos de Cuba, um conjunto tradicional, fecham com o Conga.  Foi uma festa para os 600 convidados (e locais que assitiram dos balcões das casas nas margens da praça) que chegaram em 170 carros vintage (como tudo aqui por enquanto, até a influência estrangeira não controlar o país agora que as fronteiras se abriram) e coloridos ao Paseo del Prado.  Avenida criada no início do século por um arquiteto francês, Jean-Paul Nicola Forestier.  A intenção sendo  simbolizar a ligação entre França e Cuba.

Dalí os convidados, sempre em seus conversíveis, dirigiram-se a uma discoteca cubana pop-up, construída especificamente para o evento Chanel no meio de uma praça na Havana Antiga, onde modelos, fashionistas, imprensa, residentes locais e Karl, dançaram pela noite afora.  O clima do país contagiou a todos no melhor dos modos!

O desfile

O final

Bastidores

VIP

Desfile inteiro